O diretor-executivo do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, mecanismo que suportou um terço dos empréstimos a Portugal, felicitou, esta segunda-feira, o país pela conclusão do programa de assistência e considerou "positiva" a opção do Governo por uma "saída limpa".
Naconferência de imprensa no final da reunião dos ministros dasFinanças da zona euro, na qual a ministra Maria Luís Albuquerquecomunicou formalmente aos seus parceiros do Eurogrupo a decisão dePortugal, Klaus Regling considerou "muito produtiva" arelação de três anos, e disse ser "positivo que Portugal setorne o terceiro país com uma saída limpa, após a Irlanda e aEspanha no final do ano passado".
"Tambémé muito positivo que Portugal tenha sido capaz de emitir no mercadode dívida com taxas de juro abaixo dos níveis anteriores à crise",acrescentou.
Aconcluir, Klaus Regling, que é também o diretor-executivo do novofundo permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), disseque agora a relação com Portugal será prosseguida, como com todosos restantes Estados-membros, "no contexto do sistema de alertaprecoce" do MEE.
A 24 deabril passado, a direção do FEEF aprovou o desembolso da última'tranche' do empréstimo a Portugal, de 1,2 mil milhões de euros,assinalando o final da assistência financeira deste mecanismo aopaís, iniciada em junho de 2011, e que ascendeu no total a 26 milmilhões de euros, tal como ficara estabelecido na reunião deministros das Finanças da UE de maio de 2011, quando foi acordado o"resgate" a Portugal.
Do pacotetotal de ajuda externa a Portugal, no montante global de 78 milmilhões de euros, um terço foi concedido pela UE ao abrigo doMecanismo Europeu de Estabilização Financeira, o MEEF, outro tantoatravés do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o FEEF (26mil milhões cada), e a terceira fatia, de idêntico valor, peloFundo Monetário Internacional (FMI).
Porocasião da criação do MEE, ficou estabelecido que o FEEFcontinuaria operacional para terminar o financiamento dos programasde assistência à Grécia, Portugal e Irlanda.
Depois dea Irlanda ter concluído o seu programa em dezembro último, assimcomo a Espanha - nesse caso para o setor bancário -, e com o finalda assistência a Portugal, no próximo mês, o Fundo continuaráassim apenas operacional até terminar a assistência à Grécia.