Política

Passos Coelho apelou à união para enfrentar próximos tempos

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou, esta terça-feira, à união "no essencial para enfrentar os tempos que aí vêm", considerando um "sinal de progresso" discordar em muitos temas sem pôr em causa o "cimento" de uma sociedade desenvolvida.

PedroPassos Coelho discursava na inauguração do Centro Materno Infantildo Norte, no Porto, onde considerou que apesar das crispações nodebate político, "há várias áreas de políticas públicasque refletem uma linha de preocupação e de compromisso que é muitopartilhado por quase por toda a gente".

"Apesarde estarmos a concluir uma fase, que como eu referi é seguramente amais difícil por que passamos desde o 25 de Abril de 1974, nósprecisamos de estar muito unidos no essencial para enfrentar ostempos que aí vêm", apelou.

Oprimeiro-ministro garantiu que o Governo fez tudo o que estava ao seualcance "para defender o Estado social numa crise económica efinanceira muito grave", considerando que sustentar estasituação para futuro "exige de todos nós um esforço muitogrande".

"Émuito importante como sociedade que nos saibamos unir em torno doessencial porque no resto, é bom na nossa democracia podermos estar,muitas vezes, em desacordo e podermos escolher da maneira queacharmos que é melhor", enfatizou.

PassosCoelho considerou ser "um sinal de progresso" discordar "emmuitas coisas e ser diferentes em muitas coisas" sem ser preciso"pôr em causa o essencial, o cimento daquilo que é umasociedade desenvolvida e que se quer mais próspera".

"Comosabem, às vezes, o consenso também nos paralisa em opções que sãoimportantes mas quando chegamos ao essencial, naquilo que são osnossos valores, o cimento da sociedade, é muito importante quepossamos reconhecer aquilo que nos une", disse.

De acordocom Passos Coelho, há uma preocupação de base que tem subsistidoao longo dos anos que se prende "na necessidade de o Estadodesempenhar um papel que é indeclinável em áreas de políticaspúblicas que não são externalizáveis, que não podem serabandonadas pelo Estado".

"Eapesar dos tempos muito difíceis que vivemos (...) nãoenfraqueceram estas opções fundamentais que respeitam à sociedadeportuguesa", garantiu.

Redação