Cultura

Swans e Cult of Luna no Amplifest 2014

Swans e Cult of Luna vão atuar no Amplifest 2014, que se realiza a 4 e 5 de outubro, no Porto. O evento conta com 18 bandas, filmes, exposições e envolventes conversas.

As atuações dividem-se entre o Hard Club e o espaço Gare, num evento para "ser vivido do primeiro ao último segundo de forma bem intensa", aconselha André Mendes, um dos programadores do evento e fundador da organizadora "Amplificasom".

Swans, banda norte-americana liderada por Michael Gira, vem apresentar o seu 13º. e mais recente álbum. "To Be Kind" foi altamente elogiado pela crítica, atingindo, por exemplo, a nota de 9.2 em 10 no site da "Pitchfork".

Os suecos post-metal Cult of Luna, formados em 1998, retornam ao Porto, para o Amplifest, depois de lançarem o seu sexto álbum. Após a digressão de apresentação de "Vertikal", a banda diminuiu a regularidade dos concertos.

Do cartaz fazem também parte Wovenhand, Ben Frost, Yob, Pallbearer, Marissa Nadler e Brötzmann, entre outros. Mas no Amplifest não há cabeças de cartaz, "todas as bandas são importantes" e seria redutor deixar de fora nomes "não menos relevantes" para a cena musical atual, explica André Mendes.

Em exposição, na loja de música Louie Louie, vão estar os trabalhos de David D"Andrea, artista que já desenhou para bandas como OM, Sleep e Godspeed You! Black Emperor e para nomes como o do cineasta Lars Von Trier.

No Hard Club vai estar em exposição "Terminal Tower", projeto do designer responsável pelo design do Amplifest, aliado ao escritor Manuel João Neto. "Terminal Tower" é um romance gráfico, que faz referência ao imaginário decadente das obras de Enki Bilal e J.G. Ballard e à música industrial.

Em exibição estarão os filmes "Chelsea Wolfe: Lone", de Mark Pellington, e "March Of The Gods: Botswana Metalheads" de Raffaele Mosca, que retratam dois universos musicais, um dedicado exclusivamente à banda Chelsea Wolfe e à sua beleza obscura, outro dedicado ao movimento metal no Botswana.

O Amplifest tem uma programação eclética e "acontece em espaços fechados na belíssima baixa portuense, proporcionando um ambiente em que o free jazz e a electrónica ambiente encaixam lado a lado, por exemplo. Não há como vir ao Amplifest e não sair apaixonado", afirma André Mendes.

A entrada é limitada a mil pessoas, mas todos os anos cerca de 30% do público são estrangeiros que rumam a Portugal para um evento que se nega enquanto festival e se afirma como uma experiência.

"No Amplifest não há público, nem há bandas; somos todos uma grande família".

Do público estrangeiro fazem parte aventureiros de Espanha, Israel, Itália, Alemanha, Reino Unido, Finlândia, França, Suíça, Rússia, e a probabilidade é de que a percentagem "aumente já este ano", afirma André Mendes.

Os bilhetes custam 65 euros para todos os dias do evento e 35 euros para um dia.