Emilio Botín, presidente do Santander, morreu de ataque cardíaco, anunciou um porta-voz do banco. Tinha 79 anos e era um dos homens mais poderosos de Espanha.
A direção do banco Santander vai reunir esta quarta-feira de emergência para nomear o sucessor de Emilio Botín, falecido na terça-feira à noite, vítima de ataque cardíaco.
Conhecido por ser frontal, direto e disciplinador, Botín criou um império financeiro que movimenta 1.4 triliões de euros e emprega 200 mil pessoas.
Com a notícia do homem que transformou o Santander de um banco doméstico no maior de Espanha e num dos mais poderosos da Zona Euro, as ações do Santander caíram 2% em Espanha, para 7.6 euros.
Ntural de Santander, Botin descende de uma linhagem de banqueiros. O pai e o avô, também Emilio de nome, ambos, foram presidentes do Santander.
A filha, Ana Botín, que gere a sucursal britânica do Santander, reforçada em 2004 com a compra do Abbey National, é apontada como a sucessora natural para a presidência do grupo.
Num curto comunicado de dois parágrafos, o Banco Santander "lamenta comunicar o falecimento do seu presidente" e explica que irá reunir, durante o dia de hoje, a comissão de nomeações e o conselho de administração para designar o sucessor de Botín.
Esta participação tornou-se maioritária em 1993, quando é criado o Banco Santander de Negócios Portugal.
Botín, considerado um dos líderes financeiros mais influentes da Europa, esteve à frente de importantes investimentos do grupo na América Latina, comprando bancos em países como a Argentina, Brasil e o México.
Um dos passos principais do crescimento do grupo ocorreu em 1994, com a compra do Banesto e, posteriormente, com a aliança com o Banco Central Hispano que criou o Banco Santander, considerado, em 2008, o melhor banco do mundo.
Botín, pai de seis filhos, controlava cerca de 1% das ações do grupo Santander e tinha uma fortuna estimada em mil milhões de euros.
Polémico, Botín foi alvo de vários processos judiciais, entre os quais se incluem uma investigação sobre alegada evasão fiscal e outra relacionada com o pagamento de indemnizações a um diretor do banco.