Saúde

Hospital espanhol tem limitações, mas atuação tem sido correta

Um doente em isolamento no hospital Carlos III, em Madrid Sergio Perez/Reuters

Especialistas de saúde consideraram este sábado que o hospital espanhol onde está internada a auxiliar de enfermagem com Ébola "não foi concebido" para situações de emergência como a atual, mas que a atuação dos profissionais tem sido a correta.

Os peritos do Centro Europeu de Prevenção e o Controlo das Doenças (ECDC) visitaram as instalações do Carlos III em Madrid na quinta-feira, sexta-feira e este sábado.

Numa primeira avaliação, os especialistas disseram que a infraestrutura existente "não foi concebida para cobrir este tipo de emergências", embora considerem que as medidas tomadas pelo hospital podem compensar a situação.

Os peritos do organismo da União Europeia são de opinião que "a proteção dos profissionais é adequada" e que a atuação dos funcionários do serviço de medicina interna da Unidade de Medicina Tropical do hospital "é correta e ajustada aos protocolos estabelecidos".

No entanto, advertem que "no melhor dos níveis de proteção pode registar-se um acidente" e que "neste caso se pode falar de um acidente fortuito, de muito baixa probabilidade".

A auxiliar de enfermagem Teresa Romero Ramos é a primeira contagiada com o vírus Ébola fora de África. A funcionária do hospital Carlos III esteve em contacto com o missionário Manuel García Viejo, a segunda vítima mortal espanhola do vírus, que foi transferido de África e morreu em Madrid.

Redação