A bebé prematura que nasceu de 25 semanas, filha de pais portugueses, num hospital privado do Dubai, já não vai ser transferida para um hospital público do Dubai.
Segundo o pai da menina que nasceu com 25 semanas de gestação e a pesar 410 gramas no Mediclinic City Hospital, no Dubai, o hospital em Ajman, outro estado dos Emirados Árabes Unidos, onde o Estado português encontrara uma vaga, não reúne as condições para receber a bebé.
"Ficámos a saber que os serviços de neonatologia são insuficientes, com falta de enfermeiros, sem experiência em bébés como a Gui. Sem cirurgião, onde ela teria que ser transferida para outro hospital num outro Emirado, cada vez que ela precisasse de uma cirurgia", escreve Gonçalo Queiroz no Facebook.
"Depois de nos informarem sobre os custos, constatámos que os custos são praticamente os mesmos: uma média de 5500 euros diários em ambos os hospitais.Seguimos para o CityHospital onde queriamos saber a opinião do médico da Margarida. O médico disse que não conhecia o hospital e, com base na informação, esse hospital não tinha condições para a nossa guerreira", refere.
Recorde-se que o casal português a viver no Dubai está a pedir ajuda nas redes sociais para saldar a dívida que contraiu num hospital local para pagar o tratamento da filha, que nasceu com 25 semanas de gestação e precisa de cuidados médicos neonatais para sobreviver.
Na terça-feira, José Cesário, secretário de Estado das Comunidades, disse ao JN que estava "tudo tratado" para que a pequena Margarida fosse transferida para um hospital público (o hospital de Ajman), "onde os custos da diária são muitíssimo inferiores aos da clínica onde se encontra agora e mesmo aos do Hospital de Latifh, outro grande hospital para onde se chegou a admitir a transferência".