A Coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública afirmou, esta sexta-feira, que a média de adesão à greve dos trabalhadores da Administração pública, a nível nacional, situava-se ao final da manhã entre os 80% e os 82%.
Em conferência de imprensa na sede da estrutura sindical, em Lisboa, Ana Avoila precisou que considerando os dados que têm chegado ao sindicato de vários pontos do país, a média nacional de adesão situa-se entre os 80% e os 82% e está a afetar hospitais, câmaras, escolas e bombeiros.
"Esta greve é uma demonstração de grande força e de grande combate contra estas políticas que têm sido bastantes desastrosas e é preciso continuar a luta para exigir a quem de direito [ao Governo] para que se sente à mesa com os sindicatos", considerou.
A greve foi convocada pela Federação sindical filiada na CGTP e teve depois a adesão do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) e do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Na origem da convocação da greve estão os cortes salariais na Função Pública, o aumento do horário semanal das 35 para as 40 horas, a colocação de trabalhadores no regime de requalificação, o congelamento das carreiras e a falta de negociação no setor.
Ana Avoila congratulou-se com o elevado nível de adesão a esta paralisação, "que teve uma expressão num momento muito particular de combate e de demonstração de que os objetivos traçados para a realização da greve são justos e o resultado está à vista".
Numa análise por setores e em termos de impacto a nível nacional, Ana Avoila referiu que a paralisação dos enfermeiros ronda os 78% e nos tribunais os 75%. Já nas repartições de finanças, a paralisação supera os 75% e, nas escolas, a adesão à greve aproxima-se dos 80%.
"Na Administração Pública, no geral, com os dados que já temos, temos uma adesão muito, muito, muito grande", enfatizou a coordenadora da Frente Comum, que não afasta a possibilidade de os números poderem subir ao longo do dia.
A Frente Comum vai divulgar ao final da tarde dados atualizados sobre a greve que hoje decorre por todo o país, disse ainda Ana Avoila.