Mundo

Pequim está a aumentar superfície terrestre no mar do sul da China

A China está a aumentar a sua influência nas ilhas Spratleys, no mar do sul da China, cuja soberania é disputada através da construção de ilhas artificiais a um ritmo sem precedentes, disse na sexta-feira um responsável norte-americano.

Com as ilhas artificiais, a China "aumentou a superfície que ocupa, multiplicando-a por 400", afirmou o mesmo responsável, acrescentando que Pequim ganhou 800 hectares no mar entre janeiro de 2014 e 2015.

"A rapidez e a amplitude" dos esforços da China para conquistar o mar "superam" os esforços dos outros países, disse a fonte.

As disputadas de soberania nas ilhas Spratleys, estrategicamente localizado, opõem a China, às Filipinas, ao Vietname, ao Brunei, à Malásia e a Taiwan.

O mar do sul da China é uma encruzilhada de rotas marítimas vitais para o comércio mundial e há possibilidade de ter reservas de hidrocarbonetos.

Os Estados Unidos não tomam partido sobre as disputas territoriais, mas insistem que devem ser resolvidas segundo a lei e não pela força.

Os norte-americanos manifestaram já a sua preocupação com o que consideraram ser as "atividades desestabilizadoras" de Pequim nas ilhas, transmitindo as suas preocupações aos países da região, que temem um gigante golpe chinês.

O Pentágono divulgou sexta-feira o relatório anual sobre potência militar chinesa, no qual identifica quatro zonas de Spratleys onde a China tem crescido através da dragagem e aterros para a construção de infraestruturas, que incluem portos, sistemas de comunicação e locais para a aterragem de aviões.

O relatório revela também que a China escavou canais profundos para permitir que navios de grande porte cheguem a postos avançados naquele arquipélago.

A China alega que as construções estão a ser feitas no "âmbito da sua soberania" e são "legítimas, razoáveis e legais", sublinhando pretendem "melhorar as condições de vida do pessoal destacado nas ilhas" e "permitir missões de salvamento marítimo ou observação meteorológica".

Os outros países presentes no arquipélago de Spratleys têm também conquistado o mar, mas em menor escala.

Redação