Quem julgava que a dança de salão estava fora de moda enganou-se profundamente. A prova é o que se passou recentemente, no Reino Unido, onde o programa "Strictly come dancing", da BBC, atraiu mais de 11 milhões de espectadores, ao mesmo tempo que duplicou o número de alunos das escolas de danças no país.
O público entusiasmou-se ao ver as celebridades a dançar num programa de televisão. É que em "Strictly come dancing", que terminou no passado dia 12, celebridades convidadas faziam par com dançarinos profissionais.
Segundo Len Goodman, membro do júri do programa, em declarações à agência Reuters, "a dança de salão está a ser vista como algo muito bom", garantindo que, nas suas duas escolas, o número de inscritos duplicou.
A verdade é que o êxito do programa que entusiasmou os britânicos enterrou para sempre a ideia de que a dança de salão já estava ultrapassada e que era praticada por casais vestidos com exagero, dando voltas no salão com sorrisos fixos nos rostos.
A final deste programa foi, de facto, muito disputada, tendo sido ganha pela actriz de telenovelas Jill Halfpenny, que derrotou a atleta Denise Lewis e o humorista Julian Clary.
No entanto, apesar do sucesso, há ainda quem pense que a situação poderá não se manter sempre assim. O próprio Len Goodman é o primeiro a admitir que a prática da dança de salão poderá revelar-se passageira, uma vez mais. E a propósito lembrou o que aconteceu na altura da exibição do filme "A febre de sábado à noite", em que todas as escolas beneficiaram com o filme, pois todos queriam ser uma espécie de John Travolta.
Poderá acontecer agora a mesma situação, no entanto, para já os resultados são significativos. Para o professor Wayne Stanton, da escola Moseley Dance Centre, o programa também fez com que a sua escola sofresse grandes aumentos a nível de alunos, especialmente de mulheres. "Demonstrou que a dança de salão pode e deve ser divertida e que pode ser praticada por todo o tipo de pessoas e de todas as idades", acrescentou.