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Controlo de fronteiras "insuficientemente garantido", diz Merkel

Angela Merkel esteve reunida com Hollande para analisar a criação de uma coligação internacional contra o Estado Islâmico YOAN VALAT/EPA

A chanceler alemã, Angela Merkel, lamentou esta quarta-feira que o controlo das fronteiras exteriores da União Europeia "não esteja suficientemente garantido", e insistiu em que os europeus se entendam com a Turquia para pôr ordem no fluxo de refugiados.

Merkel, que se reuniu esta quarta-feira em Paris com o presidente francês, François Hollande, declarou à imprensa que é necessário "encontrar uma solução humanitária" para os refugiados que fogem da guerra e do terrorismo do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, e que tem de haver um entendimento com a Turquia, país parceiro dos ocidentais enquanto membro da NATO.

Angela Merkel esteve reunida com Hollande para analisar a criação de uma coligação internacional contra o EI, tendo assegurado ao Presidente francês que a Alemanha alinhará rapidamente "ao lado da França" no combate aos extremistas.

A Alemanha anunciou ainda planos de enviar até 650 soldados adicionais para o Mali, com vista a aliviar o esforço de guerra que a França realiza, em paralelo, no Sahel e no Médio Oriente.

O encontro com Merkel ocorre no âmbito de uma ronda de contactos do Presidente francês para criar uma coligação de combate ao Estado Islâmico e que já incluiu encontros de trabalho com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, ou o presidente norte-americano, Barack Obama, com quem o chefe de Estado da França esteve na terça-feira, em Washington.

No caso de Obama, e apesar da unidade demonstrada entre a França e os Estados Unidos após os atentados em Paris, Hollande não conseguiu obter muitos compromissos além da promessa dos EUA de intensificar os ataques aéreos e a troca de informações bilateral.

Obama expressou fortes reservas sobre as possibilidades de cooperação com a Rússia no que respeita à Síria.

Redação