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ONU pede negociações de paz e cessar-fogo na Síria

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry (ao centro) Eduardo Munoz / Reuters

O Conselho de Segurança da ONU adotou, por unanimidade, uma resolução de apoio a um processo de paz que ponha fim à guerra de quase cinco anos na Síria.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou que a resolução envia, "a todos os interessados, uma mensagem clara de que este é o momento para parar a matança na Síria".

A resolução, apoiada pelos 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU, apela a negociações de paz formais e a um cessar-fogo, a ser lançado no início de janeiro, mas não menciona uma das questões mais controversas no esforço de paz: o destino do líder sírio Bashar al-Assad.

A resolução afirma que a "única solução duradoura para a atual crise no país passa por um processo político inclusivo e liderado pela Síria que vá ao encontro das legítimas aspirações do seu povo", como fora referido em negociações anteriores em Genebra e Viena.

O texto pede às Nações Unidas para sentar o Governo sírio e a oposição à mesma mesa, com vista a negociações formais sobre uma transição política "tendo como meta o início de janeiro de 2016".

Numa alusão ao destino do atual presidente sírio, Bashar al-Assad, Kerry revelou que "continuam, obviamente, a registar-se diferenças acentuadas", acrescentando que, "se a guerra vai chegar ao fim, é imperioso que o povo sírio concorde com uma alternativa em termos de Governo".

Os Estados Unidos, a Rússia e os outros três membros permanentes do Conselho de Segurança - França, Grã-Bretanha e China - procuraram o apoio da ONU ao esforço diplomático para reforçar a união internacional em torno do caminho a seguir em relação à Síria.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, declarou que "são precisas garantias" da saída do presidente sírio do poder, em futuras negociações sobre a paz no país. "Têm de existir garantias sobre a saída de Bashar al-Assad", afirmou Fabius. A saída de Al-Assad "impõe-se por razões morais, mas também de eficácia", acrescentou.

Redação