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William justifica troféus de caça e gera polémica

O príncipe William voltou a ser criticado por declarações a um canal de televisão a defender troféus de caça.

"Se o animal é infértil e está no final da sua vida; e se alguém quer pagar dinheiro - e não seria eu - e esse dinheiro for para a proteção de espécies, seria uma maneira justificada de conservar as espécies que estão sob ameaça", afirmou o duque de Cambridge.

William acredita que "há um espaço para a caça comercial em África" e acrescentou que vários conservacionistas concordaram com a sua ideia, reforçando apenas que seria preciso prestar atenção à regulação da indústria de caça.

O príncipe afirmou também que vai lutar contra os contrabandistas que traficam partes de animais em vias de extinção para ganhar dinheiro.

Presidente da organização United for Wildlife e patrono da fundação Tusk Trust, que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável e a proteção de espécies em África, o duque de Cambridge tem feito sua a missão de alertar para o tráfico ilegal de animais. Por isso mesmo, as declarações do príncipe enfureceram as organizações conservacionistas.

"Hoje é um dia triste para a proteção de animais em risco de extinção", escreveu no Twitter a associação britânica Lion Aid.

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"Com menos de 15 mil leões selvagens em África, não há lugar para 300 troféus de caça por ano. Continuar esta prática é desumano e insustentável", acrescentou, num comunicado, a mesma associação.

Esta não é a primeira vez que o príncipe William é criticado pelos duplos padrões na defesa dos animais.

Em 2014, poucos dias depois de ter feito um apelo em defesa dos animais selvagens, o príncipe viajou para uma propriedade espanhola na vila de La Garganta, Ciudad Real, para caçar cervos e javalis.

Redação