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Comissão de Direitos Humanos em Cuba dá conta de 12 novas detenções

Raúl Castro rejeita que existam presos políticos no país EPA/ALEJANDRO ERNESTO

Pelo menos uma dúzia de opositores do Governo cubano foi detida na segunda-feira, segundo informou a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, que contabiliza quase 90 presos políticos na ilha.

Entre os detidos pelo segundo dia consecutivo encontra-se a líder das Damas de Branco, Berta Soler, e alguns membros do grupo, como o antigo preso político Ángel Moya, disse à agência Efe Elizardo Sánchez, porta-voz da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN).

No mesmo dia foi detido Antonio González-Rodiles, que lidera o projeto independente Estado de Sats, juntamente com a sua namorada, a ativista Ayler González, confirmou uma fonte familiar.

Elizardo Sánchez explicou que o seu grupo está a tentar precisar o número de detenções na ilha desde domingo, quando chegou o Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama.

Nesse dia, cerca de 60 dissidentes foram detidos por várias horas após a marcha de domingo realizada habitualmente pelas Damas de Branco.

Em relação ao número de presos políticos em Cuba, Sánchez disse que atualmente têm registados 77 condenados por razões políticas e um que cumpre uma pena domiciliária.

Segundo Sánchez, as estes somam-se os 11 presos sob "licença extra-penal", uma figura jurídica que não anula as condenações durante a onda de repressão da 'Primavera Negra' de 2003, que levou à prisão de 75 dissidentes na ilha.

O Presidente de Cuba, Raúl Castro, rejeitou que existam presos políticos no país, numa conferência de imprensa em Havana, na segunda-feira, juntamente com Obama.

Castro desafiou um jornalista a apresentar uma lista de presos políticos e garantiu que, se realmente existem, ficariam livres de imediato.

"Dá-me agora a lista dos presos políticos para que possa libertá-los", disse Castro.

Redação