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Feridos do acidente aéreo da Chapecoense não correm risco de morte

Allan Ruschel foi operada à cervical REUTERS/Guillermo Ossa/EL TIEMPO

Os feridos brasileiros do acidente aéreo com o avião da Chapecoense "não correm risco de morte", informou, esta quinta-feira, o clube, em conferência de imprensa.

A situação clínica dos quatro feridos brasileiros, três futebolistas e um jornalista, "é crítica, mas estabilizada", disse o médico da Académica Chapecoense, Carlos Henrique Mendonça, salientando que "nenhum paciente apresenta risco de morte".

Em conferência de imprensa, o médico do clube detalhou o caso clínico dos sobreviventes. Allan Ruschel foi submetido a uma cirurgia à coluna vertebral. "Está com movimentos normais em membros superiores e inferiores. Apesar das múltiplas escoriações, oferece boas perspetivas de melhoria", explicou.

O defesa Neto, último dos resgatados, "também apresenta boas perspetivas de melhoria", explicou o médico, sem detalhar as mazelas sofridas pelo atleta.

O guarda-redes Follmann "é o que se encontra em estado mais grave", explica Carlos Henrique Mendonça. "Teve uma das pernas amputadas. Ainda assim, o quadro é estável, apesar de requerer mais cuidados", acrescentou.

O jornalista Rafael Henzel sofreu um trauma torácico e uma fratura de perna. "O estado também é crítico, mas as perspetivas são otimistas", adiantou o médico da Académica Chapecoense.

"A maior preocupação, em relação a todos os sobreviventes, diz respeito ao perigo de infeção, já que os ferimentos apresentavam nível alto de contaminação", informa o clube, aguardando informações mais detalhadas por parte da equipa médica colombiana.

Sobre os feridos colombianos, os assistentes de bordo Ximena Suarez e Erwin Tumiri não há ainda informações recentes. Segundo o boletim clínico de quarta-feira, estavam ambos em situação estável, apesar dos graves ferimentos.

No acidente, ocorrido na Colômbia, onde a Académica Chapecoense deveria jogar a primeira mão da Taça Sul-Americana contra o Atlético Nacional, o clube brasileiro perdeu a maioria dos jogadores e equipa técnica, incluindo o treinador Caio Júnior, que enquanto jogador passou por Portugal representando Belenenses, Estrela da Amadora e Vitória Sport Clube.

Da queda do avião resultou a morte de 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo. Entre as vítimas mortais estão 22 jogadores do clube brasileiro, 22 dirigentes, membros equipa técnica e convidados, 20 jornalistas e sete tripulantes.

Segundo o diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses da Colômbia, Carlos Eduardo Valdes, disse que já foram identificados 59 corpos, sendo 52 brasileiros, cinco boliviano, um paraguaio e um venezuelano.

Augusto Correia