2006

Primeira piscina ao ar livre abrirá no Verão de 2007

Câmara da Covilhã vai lançar amanhã a primeira pedra da piscina-praia da cidade. Com uma área a rondar os dois mil metros quadrados, ficará inserida num recinto que vai simular o areal de uma praia. O investimento de cerca de dois milhões de euros, entregue ao consórcio Constrope/Lambelho e Ramos, deverá abrir ao público no Verão de 2007 e terá capacidade para acolher 2800 pessoas.

O projecto é do arquitecto Marçal Grilo que vai aplicar na Covilhã o conceito de piscina-praia inaugurado em Castelo Branco no Verão de 2004, um espaço que tem atraído visitantes de vários pontos da região, inclusivamente da cidade da Covilhã, que, se excluirmos a piscina de uma unidade hoteleira, não dispõe de nenhum equipamento destes ao ar livre. A piscina municipal, já com várias décadas, é coberta e o espaço é exíguo.

«Conheço várias pessoas que se deslocam da Covilhã para a piscina de Castelo Branco», diz Luís Veiga, empresário de hotelaria na região. «Esta piscina-praia é um investimento necessário e que vai tornar a cidade mais atractiva. Vai contribuir sobretudo para fixar a população», acredita. Por outro lado, «o Verão também é atractivo para alguns desportos de montanha e esta piscina é mais uma peça dessa oferta», sublinha.

À falta de piscinas na cidade, os jovens deslocam-se para as que existem nas aldeias da Erada ou de Caria, no vizinho concelho de Belmonte. «São algumas das alternativas», explica Bruno Carneiro, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior. «Já ouvi queixas sobre a falta de um piscina de recreio na cidade em várias conversas entre estudantes», avança.

O empreendimento vai nascer na zona de expansão da cidade, ao lado do Jardim do Lago, um espaço verde com zonas de recreio e um lago artificial inaugurado há ano e meio. «É a localização correcta», considera Jorge Patrão, presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela. «Hoje, estes recintos têm que ser criativos e, por isso, o facto de ser uma piscina-praia será uma vantagem».

Aliás, para Luís Veiga, «as piscinas vulgares já não servem. Tem que haver alguma coisa que as torne singulares, como aconteceu em Castelo Branco», salienta o empresário.

O exemplo do vizinho

Castelo Branco orgulha-se de ter inaugurado, a 25 de Junho de 2004, a maior piscina de recreio e lazer do país, um dos equipamentos actualmente a funcionar no Parque Urbano da Cidade. Para além de se poder nadar numa área com 3300 metros quadrados, o recinto é inovador por simular a paisagem de uma praia. O projecto, da autoria do arquitecto Marçal Grilo, rompeu com os conceitos das piscinas tradicionais dos anos 70 e 80 e inclui ainda a produção de corrente artificial nalgumas zonas da piscina. Até Setembro, a piscina-praia de Castelo Branco estará a funcionar entre as 9 e as 20 horas, todos os dias. Em Castanheira de Pera existe também um equipamento deste género, a maior piscina com ondas artificiais portuguesa. Abriu há um ano e tem sido um sucesso.