O Presidente da Somália vai anunciar o "estado de guerra" contra o grupo extremista do Al-Shebab, que é acusado de ter efetuado o ataque terrorista de sábado que causou 358 mortos, segundo o mais recente balanço oficial.
Uma fonte militar citada pela agência AP, refere que o Presidente Mohamed Abdullahi Mohamed espera o apoio dos Estados Unidos na ofensiva militar que vai ser lançada.
O porta-voz do exército, Abdullahi Iman, afirmou que a ofensiva vai envolver milhares de tropas que vão tentar retirar o grupo extremista do Al-Shebab das regiões de Shabelle, de onde se acredita que foram lançados vários ataques contra Mogadíscio, capital da Somália, e bases da União Africana.
Presumíveis terroristas da organização Al-Shebab detonaram camiões armadilhados num antigo mercado e num hotel no movimentado centro da cidade, pelo que a maioria das vítimas são civis.
O grupo extremista ainda não comentou o atentado em Mogadíscio, que as autoridades locais acreditam que tivesse como alvo o aeroporto internacional, onde se localizam várias embaixadas.
O ministro da Informação da Somália, Abdirahman Osman, afirmou que o número de mortos subiu para 358, existindo ainda 56 pessoas desaparecidas e 228 feridos, no mais recente balanço efetuado.
O ataque a Mogadíscio foi um dos mais mortais na África subsaariana, maior do que o perpetrado na Universidade de Garissa, no Quénia, em 2015, ou os ataques às embaixadas dos Estados Unidos no Quénia e na Tanzânia em 1998.