Tem 19 anos. Matou 17 colegas de escola, em Parkland, Estados Unidos da América. Hoje, detido, recebe uma quantidade impressionante de correspondência. São fãs. Sobretudo, adolescentes.
"Nunca vi nada assim". O advogado de Nikolas Cruz disse estar preocupado com a chegada avassaladora de cartas com mensagens de apoio e fotografias de cariz sexual que chegam ao seu cliente. Howard Finkelstein, advogado há 40 anos, admite estar "assustado".
Segundo o jornal "South Florida Sun Sentinel", a maioria das cartas chega de raparigas adolescentes, havendo alguma correspondência assinada por homens.
O mesmo jornal avança que apareceram 800 dólares (perto de 650 euros) na conta de Cruz, alegadamente depositados por fãs, e que existirá uma página secreta de apoio ao atirador no Facebook.
Grande parte da correspondência que chega à prisão de Broward County é previamente inspecionada pelos guardas que devolvem ao remetente tudo o que considerem "conteúdo sensível". E há de tudo: mensagens religiosas, fotografias pornográficas, textos de admiração, manifestos de apoio.
Foi no passado dia 14 de fevereiro que pelo menos 17 pessoas morreram e 23 ficaram feridas quando Nikolas Cruz abriu fogo com uma arma semiautomática AR-15 no seu antigo liceu de Parkland, na Florida.
Relatos de alunos ouvidos pelas televisões norte-americanas deram conta de que Cruz era um aluno "perturbado" com um historial que "fazia prever" o sucedido. À ABC News, o estudante Matthew Walker, de 17 anos, disse que o jovem costumava exibir facas e armas, nas redes sociais.