Sérgio Conceição revelou, em entrevista divulgada esta quarta-feira, que o plantel azul e branco vai começar a época a 2 de julho e abordou as agressões ao plantel do Sporting na academia de Alcochete.
"Incidentes em Alcochete? É o lado negro do futebol. Não tem qualificação possível. É vandalismo, não sei qualificar da melhor forma esse tipo de atos que tiveram com os profissionais do Sporting. Isto não é futebol. Não é nada fácil, estou a pensar na família dos jogadores. Foram momentos de terror. Já falei com Jorge Jesus, ele estava muito triste e desiludido com a situação. O final da Taça de Portugal foi o concluir de uma semana muito negra para ele e para os jogadores", começou por dizer o treinador azul e branco.
Sérgio Conceição considerou ainda que a continuidade de Iker Casillas no plantel do F. C. Porto é "importante" e justificou a titularidade retirada ao espanhol durante a época.
"Era importante que o Casillas continuasse. O treino é tão importante como o jogo, os jogadores têm de ganhar confiança nos treinos para os jogos e não ganhar confiança nos jogos. Foi um momento menos bom, tivemos oportunidade de conversar. Ele entendeu o que queria e optei pelo jogador que achava que estava na melhor forma, na altura o José Sá. Eu dei-lhe uma palavra, falei à frente do grupo, era de louvar um jogador que estava no banco e que conquistou tudo o que conquistou. Mas temos lá em baixo o museu e o futebol é o momento e não o passado e, naquele momento, ele não merecia jogar. Para mim, os jogadores são todos iguais", vincou, antes de abordar a situação com Soares.
"Esclareci tudo. Admito o erro no jogador, não admito é que erre duas vezes na mesma situação. Aí já acho que é patetice, burrice. Foram espertos em entender que o erro faz parte da vida social, profissional e não há problema. Agora, quando se comete o mesmo erro duas vezes... O Soares errou, viu, assumiu o erro, pediu desculpa aos colegas e à equipa técnica. A partir daí, por decisão minha e também do grupo, Soares foi reintegrado".
Relativamente a Marcano, o técnico dos dragões considerou que seria "fantástico" o central ficar no plantel. "O Iván tem 30 anos, pelo que é como jogador, profissional, pode fazer ainda alguns anos a alto nível. Tem de pensar bem nesta fase da carreira... acho que seria fantástico continuar no F. C. Porto. Sou eu que tenho de o convencer e a direção que tem de dar condições para ele renovar", concluiu.