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Bolsonaro ferido com gravidade em ataque com faca durante ação de campanha

Jair Bolsonaro era levado em ombros por apoiantes quando foi atacado RAYSA LEITE/EPA

O candidato às eleições presidenciais brasileiras Jair Bolsonaro foi esfaqueado esta quinta-feira, durante uma ação de campanha na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Foi atingido numa artéria e intestinos.

De acordo com vídeos colocados a circular na Internet, Jair Bolsonoro foi esfaqueado na região do tórax e levado para o hospital, onde deu entrada em estado grave às 15.40 horas (19.40 horas em Portugal continental).

"Não se sabe a gravidade ainda ou o que está acontecendo", disse o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do candidato, logo após o ataque.

A Polícia Federal informou que o ferimento de faca foi superficial. Mais tarde, na rede social Twitter, Flávio Bolsonaro, filho de Jair, escreveu: "Infelizmente foi mais grave que esperávamos. A perfuração atingiu parte do fígado, do pulmão e da alça do intestino" mas, acrescenta, "agora parece estabilizado".

O hospital confirmou o estado de saúde do candidato é considerado estável. Na cirurgia, que demorou cerca de duas horas, foi afastada a existência de lesão no fígado mas foram tratadas lesões na artéria mesentérica superior (que sai da aorta e irriga o intestino e outros órgãos dos abdómen), no intestino grosso e no intestino delegado. O candidato foi sujeito a uma colostomia.

Glaucio Souza, um dos cirurgiões, afirmou à "Folha de S. Paulo" que o candidato do PSL ainda corre risco de infeção, mas as probabilidades de recuperação são muito boas. O internamento deve prolongar-se até uma semana a dez dias, estima.

O autor do ataque foi detido, acrescentou a Polícia Federal, que acompanha as ações de campanha de todos os candidatos. O suspeito foi identificado como Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos.

Vários candidatos já condenaram o ataque. "Barbárie", classificou Ciro Gomes, do PDT. "Cobardia", referiu João Doria, do PSDB. "Absurdo" e "Lastimável", considerou o candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad.

O presidente brasileiro classificou como intolerável o ataque ao candidato. De acordo com a plataforma noticiosa "G1", Michel Temer afirmou que o episódio é "triste" e "lamentável".