Há flores. Há néones. Há incensos. Uma esquizofrenia de elementos. A noite de sexta-feira no North Festival compôs-se de público para receber os colombianos Bomba Estéreo, num concerto que começou que nem uma reza mística. A música ambiente hipnotizante, seguida de uma batida energética, levou a que o público desta noite aquecesse os movimentos e desse início à dança, mesmo para aqueles a quem o nome da banca colombiana nada dizia.
Mas por aqui não foram só novos ouvintes. A primeira fila do concerto que iniciou perto das 22 horas estava repleto de fãs preparados a rigor: roupas coloridas, brilhantes na cara e flores no cabelo. Tudo acompanhado de movimentos energéticos e de uma vocalista, Liliana Saumet, constantemente caminhando e saltando de um lado para o outro. O pano de fundo colorido dado pelos Bomba Estéreo em palco refletia-se em alguns espetadores. E mesclava-se com as luzes pitorescas que enquadram a vista desta noite sob o rio Douro.
Uma delas é Vânia Monteiro, de 29 anos. Conversa com o Jornal de Notícias antes mesmo de o concerto iniciar. Conhece Bomba Estéreo desde a juventude, por influência de uma amiga. Esta é a primeira vez que os vê ao vivo. E aguardava ansiosamente por algumas das faixas mais dançáveis, com os ritmos a servirem de uma espécie de mescla entre rock e eletrónica, tudo com uma pitada de inovação. Sempre salpicado com uma boa dose, também, de pop.