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Nem a chuva afastou os fãs do rock português. Já abriu o North Festival

Nem a chuva afastou os fãs do rock português. Já abriu o North Festival

North Festival inaugurou 5.ª edição com música nacional. Houve regressos, surpresas e guitarras com Jafumega, Trabalhadores do Comércio e The Legendary Tigerman. Confira aqui as primeiras impressões.

Um contratempo de saúde levou a que a baterista de The Legendary Tigerman tivesse de ser substituída à última hora. problema resolvido: o baixista saltou para a bateria e Ed Gonçalves, dos Best Youth, entrou em auxílio. Mas nada disso foi relevante durante a intensa hora que a banda liderada por Paulo Furtado esteve em cima do palco do North Festival na noite de sexta-feira. Ninguém diria que a formação apresentada era inédita e quase sem ensaios. Não falharam uma nota. E, acima de tudo, não falharam o ambiente.

Foi o concerto mais vigoroso até à entrada em palco dos colombianos Bomba Estéro, que seriam seguidos pelos cabeças de cartaz Chemical Brothers.

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Um Tigerman assanhado

Tigerman prometia surpresas e novidades, com "um novo formato", como dissera ao JN. Isso foi notório. E quem ganhou foi o rock português. Com uma energia inesgotável, o quarteto de Paulo Furtado deu toda a magnitude rock ao seu novo e velho repertório. As guitarras, essas não faltaram - e vinham afiadas.

E, já perto do fim, o segredo guardado para este concerto foi revelado: Catarina Salinas, também dos Best Youth, juntou-se a Tigerman numa versão do clássico de Nancy Sinatra "This boots are made for walking".

Em alta este também o novo single de Tigerman, lançado há poucas semanas, "Good girl", ainda desconhecido da maioria do público, que àquela hora já enchia o animado recinto, mas nem isso deteve a agitação.

Sotaque do Norte

Não foi só de estreias que se fez a primeira parte da primeira noite do North Festival, que, apesar da chuva que ia e vinha, não afastou os fãs. As primeiras horas foram dedicadas à nostalgia do auge rock dos anos 1970.

O North Festival abriu com sotaque local e nas músicas não faltaram referências à cidade banhada pelo rio Douro - que ladeia o recinto do festival, junto à Alfândega do Porto.

Foram os Jafumega que deram ao público portuense aquilo que prometeram: um concerto repleto de energia.

Não foi a década de interregno no Porto que deteve o grupo de "partir tudo", tal como havia prometido. "Ribeira", dedicada ao local onde justamente atuaram, e "Rústica", homenagem ao colega Eugénio Barreiros, que faleceu recentemente, foram os ponto altos.

Jafumega não foram a única banda da década de 1970 e 1980, do Porto, que teve no palco do North Festival um momento de regresso. Também os Trabalhadores do Comércio entregaram um set repleto de êxitos.

Num início energético, que passou também por temas mais suaves, a festa chegou ao rubro quando os Trabalhadores deram asas ao famoso tema "Chamem a polícia", com o público a denotar uma recetividade contagiante. Houve ainda espaço para a estreia do novo single, "Objeto", que, ainda que não esteja "na ponta da língua" dos espetadores, cativou pela sua batida animada e rutilante.

Sábado brilha Ivete Sangalo

A grande estrela do cartaz deste sábado é Ivete Sangalo, que não atua no Porto há 12 anos. Mas há mais cultura brasileira: Gustavo Mioto e Ana Castela, ídolos sertanejos, também vão "levantar poeira". O dia abre com Nininho Vaz Maia. No domingo, já se sabe, há uma estrela planetária: Robbie Williams. Antes do 'crooner' britânico atuam Tiago Nacarato, The Black Mamba e Pedro Abrunhosa.

Depois dos cabeças de cartaz, a festa continuará no palco interior clubbing, na zona abrigada da Alfândega do Porto, dedicado à eletrónica, e que levará a música a esticar-se pela madrugada dentro.

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