OpiniãoA nova ética da governaçãoOs últimos dias estão a evidenciar uma pressão inaudita sobre um conjunto de governantes que devem levar o primeiro-ministro a pensar na sanidade política do Governo.
OpiniãoA sustentabilidade democráticaA democracia portuguesa e as suas instituições têm sido postas à prova a propósito de situações que envolvem o processo de seleção e escolha para cargos políticos.
OpiniãoResponsabilidade e escrutínioNos últimos dias, a propósito de várias demissões de membros do Governo, um dos quais só demorou, no exercício do cargo, vinte e quatro horas, enquanto se votava, no Parlamento, uma moção de censura ao Governo. Esta última situação acabou por trazer para o debate político uma proposta do primeiro-ministro, feita por escrito, ao presidente da República de juntos criarem um processo de avaliação prévio dos candidatos a governantes. Adivinhava-se a resposta do presidente de que a responsabilidade da constituição do Governo compete unicamente ao primeiro-ministro.
OpiniãoO regular funcionamento das instituiçõesNos últimos dias a propósito da crise política, que envolveu vários membros do Governo, houve quem tivesse feito a comparação inevitável com o caso do Governo do então primeiro-ministro Pedro Santana Lopes. Andou bem o presidente Marcelo Rebelo de Sousa ao deixar claro que não pretendia utilizar a bomba atómica da dissolução parlamentar. Estamos perante situações constitucionais diferentes.
OpiniãoBalançoEstamos a poucos dias do final de 2022 e, inevitavelmente, será tempo de fazer um balanço e análise ao que aconteceu neste difícil ano.
OpiniãoWiriyamuAo longo da história dos povos acontecem sempre muitas coisas que envergonham os seus contemporâneos, bem como as gerações futuras. Existem situações que devem ser vistas com os olhos dos tempos e não procurar adaptá-las ou avaliá-las à luz da atualidade. Portugal começa agora a ter o distanciamento e a lucidez suficientes para olhar para alguns desses momentos e poder fazer a sua análise de arrependimento. Essa só depende do espírito dos nossos dirigentes e da capacidade de nos distanciarmos dos eventos para se poder ter uma perspetiva mais consentânea com os acontecimentos.
OpiniãoMário SoaresFez 98 anos, há dias, a data do aniversário de nascimento do antigo presidente da República Mário Soares. A memória do seu legado continua viva naquela que é a nossa experiência de vida democrática. Representou uma forma de fazer política onde a convicção ganhava espaço a cada momento na sua ação. Era alguém que compreendida a velha máxima de Max Weber de que a política só se faz com vocação ou como profissão. Soares escolheu a vocação. Tinha intuição e uma forte cultura de saber fazer política. Protagonizou muitos momentos decisivos da nossa vida coletiva. Antes do 25 de Abril destacou-se, na luta ao Estado Novo, como líder da Oposição democrática. Depois da revolução, liderou o combate ao gonçalvismo. Protestou contra os exageros do 11 de Março, combateu a unicidade sindical e soube enfrentar Álvaro Cunhal no célebre debate televisivo. Esteve no 25 de Novembro para permitir que o 25 de Abril pudesse continuar e afirmar-se como uma democracia parlamentar.
OpiniãoA geografia do protestoChina, Irão, Catar são algumas das geografias que motivam a reflexão, de cada um de nós, quando pensamos em liberdade. Assumem-se, agora, como espaços de protesto na defesa dos mais elementares direitos, liberdades e garantias. Seja por causa da covid zero, da morte de uma jovem, às mãos de uma polícia religiosa ou de mortes, em ambiente de construção de estádios, para um Campeonato do Mundo de Futebol.
OpiniãoCatarA propósito do Campeonato do Mundo de Futebol, começou uma série de episódios de tiro ao alvo ao qual nem o presidente da República escapou.
OpiniãoO partido ordeiroA propósito da substituição de Jerónimo de Sousa, o PCP indicou Paulo Raimundo como seu secretário-geral. Foi um processo que decorreu sem agitação e de uma forma coreana: candidato único e por unanimidade.
OpiniãoPolítica e responsabilidadeO exercício da ação política costuma estar sempre ligado ao cumprimento de uma missão. Missão essa que é de um serviço público voltado para o bem-estar da comunidade. Natural é que existam limites e que o seu escrutínio seja muito exigente.
OpiniãoBrasilRecentemente o Brasil foi a votos. As eleições presidenciais mostraram um país profundamente dividido. Entre Lula e Bolsonaro os brasileiros fugiram de ter de escolher outras alternativas. Na segunda volta, foi juntar para ganhar de qualquer forma. Um país que fica reduzido a estas soluções de liderança política não tem muitas hipóteses.