OpiniãoExige-se mais para travar o tráfico de drogaA chaga social que representa o fenómeno do tráfico de droga não justifica tréguas. Nem idealismos. Como sociedade e intervenientes cívicos, devemos fazer tudo o que está ao alcance para travar este flagelo, se possível erradicá-lo. Nunca tolerá-lo.
OpiniãoAgora é que tem de serNos alvores de um novo ano, seria interessante fazer um prognóstico otimista e confiante para 2023. Não seria, no entanto, um exercício minimamente realista, tal é o nível de incerteza e instabilidade que atravessamos, em resultado dos choques económicos da pandemia e da guerra na Ucrânia, por um lado; mas também de sucessivos erros e crises internas, por outro.
OpiniãoEmergência demográficaHá dias, o INE divulgou os números da população estrangeira residente em Portugal, encerrando o dossier do Censos 2021. E o número avançado - mais de 540 mil pessoas - constitui o único aspeto positivo que o país pode retirar da sua demografia na última década. Não apenas pelo que representa em termos de atratividade e de equilíbrio do saldo migratório, mas porque receber pessoas de fora é, aparentemente, o único expediente capaz de evitar o desastre populacional anunciado.
OpiniãoUma greve desastrosa e imoralOntem, estava marcada uma reunião entre a TAP e o sindicato do pessoal da aviação civil. Motivo? Evitar a greve que está agendada para amanhã e depois.
OpiniãoCOP27: a cimeira do cinismoEsperava-se que a nova COP trouxesse medidas robustas para travar o que já é apelidado como a "autoestrada para o inferno" e que ficou bem expresso no relatório da Organização Mundial de Meteorologia deste ano: aumentaram em 50% as probabilidades do nosso planeta sofrer um aumento médio da temperatura superior ao estipulado pelo Acordo de Paris (1.5ºC), nos próximos cinco anos.
OpiniãoDa bazuca à pólvora secaO ralhete público do presidente da República à ministra da Coesão pode ter pecado pelo excesso na forma, mas o conteúdo só peca pela transmissão tardia. Portugal está com sérios problemas na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo libertado apenas 6% dos mais de 16 mil milhões de euros atribuídos pela União Europeia (UE). Mal estaríamos se o chefe de Estado aceitasse candidamente mais uma oportunidade desperdiçada.
OpiniãoVCI: compete ao Estado intervirFoi recentemente notícia, aqui no JN, o crescimento superior a 20% do trânsito automóvel no Porto, por comparação com o mês de setembro de 2019. Não obstante o trabalho meritório da Metro do Porto e da STCP, o uso do transporte individual continua a crescer, resiste ao aumento dos combustíveis e demonstra que algo terá efetivamente de ser feito, para mudar o paradigma de mobilidade na região.
OpiniãoUm acordo que aponta o caminhoO acordo que o Governo celebrou com os parceiros sociais teve um mérito fundamental: previsibilidade. As empresas sabem com o que contam nos próximos quatro anos e esse não é um fator desprezível no contexto de enorme incerteza económica e política em que vivemos. Outro aspeto positivo foi o sentido de responsabilidade e de cooperação demonstrados pelas confederações patronais, que estiveram à altura de um desafio importante para o país.
OpiniãoO comboio não passa muitas vezesHoje, o país vai ficar a conhecer o plano do atual Governo para a alta velocidade. Antes tarde que nunca, como diz o sábio ditado popular, mas já sem conseguir superar o grande custo de oportunidade que duas décadas, de avanços e recuos nesta matéria, representaram.
OpiniãoRegionalização sem fantasmasEm sessão de homenagem a Luís Braga da Cruz, regionalista convicto e credor de admiração pessoal, ouviu-se um apelo renovado e oportuno do presidente da CCDRN, a propósito do roteiro para a regionalização. Acompanho António Cunha nos fundamentos: o modelo de decisão central que persiste há 50 anos está esgotado. É incapaz de se regenerar e é uma das - não a única, naturalmente - principais causas do desenvolvimento assimétrico do país.
OpiniãoDouro a precisar de gente e de ajudaEstá a ser um ano difícil para os produtores de vinho do Porto e Douro. Na mesma altura em que comemora o 20º aniversário da elevação a Património Mundial da Humanidade, a região foi fustigada com uma das secas mais extremas e prolongadas dos últimos 90 anos - a segunda maior, de acordo com os dados oficiais. Estima-se que o fenómeno meteorológico venha a provocar um decréscimo de 20% no volume de produção, mas o que resulta de mais preocupante é a ameaça séria que as alterações climáticas representam para o equilíbrio do território e para a sustentabilidade do modelo de negócio.
OpiniãoPorto inseguro, nem pensar Os acontecimentos que, no mês de julho, deixaram em sobressalto a cidade do Porto em matéria de segurança pública constituem mais um flagrante exemplo de como o Estado falha no cumprimento das suas responsabilidades para com o cidadão. Na linha dos serviços de urgência obstétrica que fecham, dos comboios sem ar condicionado ou dos aeroportos em estado caótico, foi possível constatar uma esquadra de Polícia encerrada em pleno fim de semana de verão. Seria péssimo em qualquer circunstância, mas acontecer no Centro Histórico de uma das cidades mais visitadas da Europa, é um verdadeiro certificado de incompetência.