
George Clooney volta a apostar no pequeno ecrã
Reuters
George Clooney vai produzir uma nova série sobre um escândalo de corrupção na indústria farmacêutica. Ao seu lado estarão as realizadoras da série documental da Netflix "Making a Murderer".
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Depois do fenómeno mundial em que se tornou "Making a Murderer", série documental da Netflix que acompanha a história Steven Avery, norte-americano condenado a prisão perpétua pelo homicídio da fotógrafa Teresa Halbach, as realizadoras Laura Ricciardi e Moira Demons aliam-se agora a George Clooney para um novo projeto televisivo. Trata-se de um drama, baseado numa reportagem do "Huffington Post", sobre um escândalo de corrupção da indústria farmacêutica.
No centro da ação estará a empresa Johnson & Johnson, que faturou milhões de dólares a publicitar um medicamente antipsicótico para crianças e idosos, sem dar a conhecer os seus efeitos negativos. Esta que, até ao ano passado, era a empresa líder da indústria, acabou por concordar em pagar 1,7 mil milhões de euros de multa, depois de ter sido exposta a sua infração.
Clooney, que detém a produtora Smoke House Pictures, estará encarregue da produção juntamente com Grant Heslov ("Argo"), de acordo com a revista "Variety". Ainda não se sabe, porém, qual a data de estreia ou o número de episódios previstos para a série.
Nos últimos anos, o ator de 55 anos tem-se testado como produtor e realizador sobretudo no grande ecrã. Em televisão, produziu apenas a série "Memphis Beat", entre 2010 e 2011, o telefilme "Hope for Haiti Now" (2010), e dez episódios de "Unscripted" (2005) e "K Street" (2003).
Quanto a Ricciardi e Demos, foram dois dos nomes mais aplaudidos pela crítica em 2015, graças a "Making a Murderer". Esta série conta a história verídica de Steven Avery, acusado e condenado injustamente de ter abusado sexualmente de uma mulher, algo que o fez passar 18 anos na prisão para, em 2003, ser libertado e absolvido do crime. Dois anos mais tarde, o mesmo homem foi novamente detido por, alegadamente, ter matado a fotógrafa Teresa Halback. As fragilidades desta acusação foram expostas no documentário carimbado pela Netflix, cujo impacto levou uma petição até à Casa Branca para rever a sentença. Segundo o "The Independent", está uma segunda temporada a caminho.
