Matias Morla, advogado do antigo futebolista que faleceu esta quarta-feira, não se ficou por meias palavras. Num comunicado publicado nas redes sociais, o representante de Maradona afirma que o socorro pecou por tardio e pede uma investigação.
Quase 24 horas depois de o Mundo saber que Diego Maradona morreu devido a uma paragem cardíaca, Matias Morla, advogado da estrela de futebol, denuncia que a "ambulância demorou mais de meia hora a chegar, o que foi uma idiotice criminosa", lê-se em comunicado. "Quanto à informação da Fiscalía de San Isidro [departamento judicial do Ministério Público argentino], é inexplicável que durante 12 horas o meu amigo não tenha tido vigilância por parte do pessoal de saúde a quem isso competia", acrescentou o advogado.
Segundo a imprensa argentina, que cita comunicado da Fiscalía de San Isidro, o óbito de Maradona foi confirmado às 13.20 horas locais desta quarta-feira. De acordo com a autoridade, a última pessoa a vê-lo com vida foi o sobrinho às 23 horas de terça-feira. O relato das últimas horas de Diego Maradona é pormenorizado.
Na quarta-feira, às 11.30 horas, o psicólogo e o psiquiatra do antigo futebolista tentaram falar com Maradona, mas ele não respondeu. Ambos os profissionais pensavam que estava a dormir. O sobrinho e um funcionário tentaram acordá-lo e repararam que não tinha sinais vitais. Após várias manobras de reanimação, infrutíferas, foi pedida ajuda médica. Um clínico e um cirurgião de um bairro vizinho atenderam à emergência, enquanto não vinham as ambulâncias. Quando o serviço chegou, as manobras continuaram e foi injetada adrenalina no corpo de Maradona, que não reagiu, sendo confirmado o óbito.
Os minutos deste processo são contestados por Matias Morla, que pede que se "investigue até às últimas consequências". E até cita Maradona: "Vocês são os meus soldados, atuem sem piedade". Apesar das críticas, o advogado pede que, num momento de "dor" e "desolação", o argentino seja lembrado como um "bom filho, o melhor jogador de futebol da História e uma pessoa honesta".