Rafa endiabrado, um golo e quatro assistências, levam equipa a goleada das antigas. Madeirenses arriscaram de forma excessiva e sofreram castigo pesado
O Benfica fechou o ano na Luz com uma goleada das antigas diante do Marítimo, que ainda não havia perdido com a nova liderança técnica de Vasco Seabra. Os encarnados realizaram uma exibição de qualidade, inspirada e com momentos de bom futebol. Rafa, endiabrado, acelerou o jogo da equipa, que evidenciou ligação, mobilidade e sintonia entre os setores. Darwin bisou e os restantes avançados fizerem o gosto ao pé.
Sem retirar qualquer mérito, a exibição das águias também beneficiou da atitude do conjunto maritimista que aceitou o jogo pelo jogo, marcou em todo o campo, mas sofreu com a estratégia, talvez excessivamente ambiciosa e, mesmo, algo suicida.
Os encarnados entraram praticamente a vencer, num lance de envolvimento coletivo concluído por Darwin. O valor da ação é inquestionável, mas a fragilidade defensiva também.
Os insulares reagiram ao tento, tentaram pressionar as águias desde a sua área. Uma aposta audaz, mas com riscos, ainda por cima acentuados perante a vulnerabilidade da última linha de três defesas, sem qualquer proteção dos alas.
Os benfiquistas sentiram-se confortáveis com o pensamento do adversário e evidenciaram astúcia a evitar a barreira da pressão inicial. Depois usufruíam das entradas na diagonal de Gilberto e das acelerações letais de Rafa para chegarem à área com muita gente. Ampliaram a vantagem, novamente por Darwin, e infligiram novo golpe pelo defesa brasileiro.
Apesar da diferença, os insulares mantiveram a estratégia perante uma águia insaciável. A linha de três centrais não recebia ajuda dos homens dos corredores e os ataques do Benfica sucediam-se quase num três contra três ou mesmo em superioridade numérica. Assim, a águia desenhou a goleada, que ainda podia ter sido mais expressiva. Alipour assinou o tento de honra.
Mais: Um Rafa atómico marcou e fez quatro assistências. Darwin bisou e ainda deu para Yaremchuk, Gonçalo Ramos e Seferovic meterem o nome no livro de honra.
Menos: Mau alívio de Vítor Costa no lance que deu o segundo tento das águias. Wink, Henrique e Edgar Costa raramente estiveram em sintonia com a última linha defensiva.
Árbitro: Adotou um critério displinar apertado e não perdoou Darwin, nem Rossi, na fase inicial. Errou ao não sancionar uma falta de João Mário à entrada da área.
Veja o resumo do jogo: