
Benfica e Famalicão empataram este sábado
Pedro Rocha / Global Imagens
Encarnados previsíveis e sem chama só acordaram na segunda parte. Mesmo aí, não revelaram qualidade e discernimento para serem felizes
Um Benfica cinzento, muito à semelhança do dia, não foi além de um empate sem golos com o Famalicão. E fechou, praticamente, o sonho de ainda chegar ao segundo lugar da Liga, que dá acesso direto dos milhões da Champions. A matemática ainda não exclui o objetivo, mas a equação quase não passa de uma enorme miragem.
Diante de um Famalicão recuado e a preencher os espaços interiores, as águias sentiram as dificuldades antigas de jogar em ataque posicional - melhores resultados da época e, principalmente na Europa, surgiram depois de aceitar o domínio do rival -, acentuadas pelas ausências de Everton e Rafa. A equipa revelou poucas ideias, muita previsibilidade, falta de virtuosismo e lentidão.
Melhorou com a primeira onda de substituições, não tanto pela entrada dos jogadores, mas por ter transferido Darwin para a esquerda, já que o uruguaio provocou roturas no corredor e foi acompanhado por Gil Dias no flanco oposto. No entanto, não houve chama, qualidade e arte para ferir Luiz Júnior, o guardião famalicense, sempre sereno e competente.
O Benfica assumiu a iniciativa e centrou a discussão no meio campo ofensivo. No entanto, sentiu dificuldades em desequilibrar a bem organizada e solidária barreira do Famalicão.
Com Diogo Gonçalves e Gil Dias nas alas, a conquista de terreno teria de funcionar mais em função do esforço coletivo do que do virtuosismo e da ligação de jogo entre setores, realidade muito confusa. Com muita previsibilidade e face à resistência adversária, os encarnados só criaram uma oportunidade na sequência de um lance de bola parada. Aí, Luiz Júnior parou o remate de Diogo Gonçalves.
O Famalicão voltou ao balneário com a missão cumprida e aparentemente sem grande desgaste físico. A toada manteve-se sem alterações visíveis na segunda parte, para satisfação dos visitantes.
Nélson Veríssimo lançou Yaremchuk e fez descair Darwin para o flanco esquerdo. As águias melhoraram pela mudança de posição do uruguaio e pela subida de rendimento de Gil Dias. Os famalicenses sentiram dificuldades, mas Luiz Júnior e alguma inabilidade no momento do remate deixaram tudo imutável.
Mais: Sempre bem colocado, Luiz Júnior venceu os duelos nas melhores oportunidades das águias. Weigl e Gil Dias destacaram-se nos encarnados e a substituição do extremo pareceu desajustada
Menos: Gonçalo Ramos, sem agilidade e reação para dar o toque letal, revelou pouca convicção e alma. Yaremchuk entrou na segunda parte, mas pareceu sempre sem discernimento e distante do jogo
Árbitro: Esperou pelo VAR para decidir o lance em que um defesa do Famalicão tocou a bola com a mão já em queda, dentro da área. Uma ação de interpretação sempre duvidosa
Veja o resumo do jogo:
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