Rui Borges explica onze: "O Matheus vai ser central da esquerda, Edu a fazer de lateral direito e Fresneda mais à frente"

Rui Borges, treinador do Sporting
Foto: Mário Vasa
Rui Borges, treinador do Sporting, explicou o motivo para as apostas no onze e considerou que a equipa terá de esta consciente que vai ter dificuldades, sobretudo nos momentos sem bola. "Nós hoje vamos ter de estar preparados mentalmente para esse momento. E dentro das nossas armas tentar ser competitivos e ganhar", afirmou.
Em declarações à Sport TV, antes do grande duelo, Rui Borges explicou as apostas no onze que sofreu algumas transformações face às baixas, de Pote, Trincão, Quenda e Inácio.
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"Dentro daquilo que temos e da qualidade individual tentamos ter jogadores importantes para contra-ataque e ataque rápido, porque sabemos que será um jogo que em alguns momentos nos irá proporcionar isso. Tentar ter jogadores mais rápidos disponíveis para atacar esse espaço. Termos jogadores mais fortes para defender a área, mais imponentes. Normalmente quando defendemos em linha de cinco é com o Ivan (Fresneda) e o Geny. É um lateral a fazer de central e um extremo de lateral. É importante, acima de tudo, termos dois laterais de raiz para defender largura. Tentar de alguma forma anular os pontos fortes e tentar também explorar os nossos", começou por dizer o técnico leonino.
"Hoje temos muito a ganhar e muito pouco a perder. Acima de tudo temos de estar preparados e cientes que vamos ter dificuldades. E isso é o maior respeito que podemos demonstrar pelo adversário ao reconhecer essa qualidade individual e coletiva. Sabemos que vamos ter algum tempo sem bola, não gostamos, e as grandes dificuldades numa equipa grande são essas. Nós hoje vamos ter de estar preparados mentalmente para esse momento. E dentro das nossas armas tentar ser competitivos e ganhar", acrescentou.
Apesar do cuidado defensivo, uma goleada frente aos germânicos não entra no pensamento. "Não, claramente que não. Nem penso nisso. Penso em ganhar o jogo, ponto final. É esse o nosso objetivo e o nosso único foco".
O técnico natural de Mirandela, de 44 anos, deixou ainda uma mensagem para Quenda, Trincão e Pote que por questões físicas não acompanharam o restante grupo para a Alemanha.
"Que estejam a lutar connosco. São jogadores que mesmo estando longe estão a passar essa energia positiva para o grupo. Mesmo que estivessem as dificuldades seriam as mesmas. O grupo tem de estar todo preparado para jogar", reiterou.
Por fim, Rui Borges explicou um pouco daquilo que pretende na estratégia para defrontar um colosso europeu e com um grande caudal ofensivo.
"O Matheus vai ser central da esquerda, Edu a lateral e fresneda mais à frente. Maxi na esquerda. É importante ter o Maxi a defrontar o Olise. Não temos o Inácio, mas ganhamos o Matheus. Um Edu como falso lateral direito, não mudamos a isso, mas sim os jogadores. Mudamos as características. Possivelmente em alguns momentos pode andar mais a três, mas não sempre. Ganhamos mais homens a defender na área, porque podemos andar num processo de bloco mais baixo do que o normal. Ter três homens na área, dois laterais para defender no um para um e Alisson e Geny para as acelerações. No que tem sido o processo habitual do Geny, ele vinha a defender por vezes, mas uma coisa é por vezes e outra muitas. Depois perderíamos a aceleração do Geny no processo ofensivo. É importante porque não temos o Trincão", concluiu.

