F. C. Porto

Conceição: "Programa de Rui Santos é uma verdadeira palhaçada"

Conceição: "Programa de Rui Santos é uma verdadeira palhaçada"

O treinador do F. C. Porto, Sérgio Conceição, reagiu, esta terça-feira, às críticas de que foi alvo por parte do comentador da CNN Portugal, Rui Santos, considerando que o programa em causa é de "entretenimento". "Ouvir disparates nem sempre me deixa bem-disposto".

Na conferência de imprensa de antevisão do duelo com o Académico de Viseu, dos quartos-de-final da Taça de Portugal, esta quarta-feira, o técnico começou por ser questionado sobre como lida com as críticas que são feitas ao F. C. Porto.

"Ouvir disparates nem sempre é bom, nem me deixa bem-disposto. Fala-se do futebol em geral, mas não de futebol. Às vezes rio-me, e faço gestão com o grupo de trabalho. A região norte, e não querendo entrar na política, quando ganhámos criámos uma certa azia. Isso deixa-nos satisfeitos, mas aos outros nem tanto", começou por dizer.

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Já no final da conversa com os jornalistas, e antes de abandonar a sala de Imprensa do centro de treinos do Olival, Conceição voltou ao tema, manifestando estranheza sobre o facto de a "zanga" que teve com Jorge Costa não ter sido, desta vez, um tema abordado.

"Hoje ninguém me perguntou do Jorge Costa, que era um tema para o programa do Daniel Oliveira, ou do Rui Santos, que tem um programa de autoajuda e entretenimento, que é uma verdadeira palhaçada", afirmou Conceição, referindo-se às críticas de que foi alvo por parte do comentador da CNN Portugal na noite de segunda-feira.

Duas semanas depois de ter defrontado e vencido o Académico de Viseu, na meia-final da Taça da Liga e de conquistar o troféu frente ao Sporting, o calendário ditou uma sequência igual de jogos e o treinador dos dragões não se importava minimamente de repetir os resultados.

"Assinava já repetir os resultados e as exibições também. Não acredito que se ganhe por acaso, tem de se ter mérito e encontrámos sempre coisas negativas, mesmo nos jogos em que goleamos. Estou a citar muito o Abel Ferreira, mas cá vai: a dança só é boa quando o par dança bem. Amanhã não vão ver ópera, até porque o relvado não está bom. Eu sou resultadista, mas não sou só isso. Gosto de juntar qualidade de jogo, já tivemos exibições fantásticas, mas nem sempre é possível, por causa de adversários", explicou Conceição, tecendo rasgados elogios à qualidade da equipa da Liga 2 e esquecendo, para já, o clássico do próximo domingo, em Alvalade, com o Sporting.

"Sou um simples empregado do F. C. Porto"

"É importante não olharmos para dois jogos. Excetuando Liga dos Campeões, esta é uma das saídas mais difíceis que temos - na Taça da Liga estiveram 3000 viseenses, e amanhã [o Fontelo] estará quase cheio. Os nossos adeptos estarão a apoiar, como sempre, mas em menor número. O Académico tem muitos jogadores que podiam jogar na Liga e, apesar da derrota com o Moreirense, tem um trajeto que nos deixa alerta. Dissecámos ao máximo o Viseu e se não estivermos alerta e formos fieis ao que somos como equipa, vamos ter muitas dificuldades", alertou.

"A Taça de Portugal é um dos nosso objetivos, queremos ganhá-la e não estou a dar moral de barato ao Viseu. Nós somos favoritos, assumimos essa responsabilidade, mas eles têm uma bela equipa e é um campo onde todos passam dificuldades", acrescentou o treinador portista, fazendo uma reflexão sobre a importância que teve nos sucessos do F. C. Porto desde que assumiu a equipa em 2017/18.

"A cara do clube é o nosso presidente, sempre e desde sempre. Eu sou um simples empregado do F. C. Porto, tento fazer o meu trabalho da melhor forma e sou bem pago pelo que tenho feito pelo clube e só tenho pena de não ter feito mais. O nosso presidente está acima de tudo e de todos, menos dos adeptos, que são esses que fazem o clube grande", defendeu Conceição, revelando que os lesionados Otávio, Eustaquio e Veron, além de Wendell, não estarão disponíveis para este encontro dos quartos de final da Taça de Portugal.

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