Francisco J. Marques, diretor de comunicação do F.C. Porto, garantiu nesta quinta-feira, no programa "Universo Porto", no Porto Canal, que os dragões não compraram o resultado do jogo com o Estoril, em 21 de fevereiro.
O responsável assegurou que não se verificou qualquer encontro entre dirigentes dos dois clubes, na véspera do encontro, mas confirmou uma transferência de dinheiro para o Estoril Praia.
"Não houve depois do jogo mas sim antes. Em 14 de fevereiro, o F.C. Porto realizou uma transferência de 784 mil euros. Porque o fez? Tivemos liquidez com a venda de bilhetes do jogo com o Liverpool e pagámos valores que tínhamos em dívida com o Estoril", explicou, acrescentando que o F.C. Porto se tinha comprometido a pagar o montante até março de 2018. "Para se obter licenciamento da UEFA, não se pode ter dívidas com jogadores e treinadores", explicou
Nesta quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou que recebeu uma denúncia anónima sobre a segunda parte do jogo e que a encaminhou para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
O F. C. Porto mostrou o documento do Novo Banco, onde está descrito o valor e a hora da transferência, e Francisco J. Marques explicou o motivo da dívida. "São valores relativos à saída de Carlos Eduardo para o Al Hilali, visto que o Estoril tinha direito a 20%, cerca de 380 mil euros, 40% da cedência temporal de Licá, 90 mil euros, outra de 95, outra de 119 mil e outra de 100 mil. Outros clubes receberam valores que tínhamos de pagar", defendeu.
O responsável explicou ainda que o clima com o emblema canarinho não era sequer o melhor, nos dias antes do jogo, devido ao problema da troca de bilhetes relativamente à primeira parte do duelo. "O F.C. Porto jamais comprou algum jogo. Só espero que seja gasolina para a equipa para o restante campeonato. A equipa só teve quatro empates na prova, três foram consequências das equipas de arbitragem. Se assim não fosse o campeonato estava praticamente resolvido".