Presidente do Sporting considera que formação "pode ser um gosto, um prazer ou uma opção", mas para os clubes portugueses "é uma questão de sobrevivência".
O presidente do Sporting, Frederico Varandas, sublinhou, este sábado, a obrigação de os clubes portugueses venderem futebolistas para terem receitas e seguirem competitivos nas provas europeias.
"Como o sistema do futebol está montado, não temos outra hipótese de competir com os cinco principais campeonatos europeus se não vendermos jogadores. É uma obrigação. Com mérito, houve equipas nacionais a passar a fase de grupos da Liga dos Campeões. É difícil o adepto entender certas coisas, mas no dia em que os grandes deixarem de vender, não terão hipóteses de andar na Champions'", disse o dirigente, durante a conferência Thinking Football, num painel que se debruçou sobre a "aposta na formação" e a "sustentabilidade financeira".
Designando o Sporting como uma "missão" desde que foi eleito, em setembro de 2018, Frederico Varandas priorizou "investimento na academia de Alcochete, no Estádio José Alvalade, na transformação digital e no crescimento da marca" para sustentar os leões.
"Em outros campeonatos, a formação pode ser um gosto, um prazer ou uma opção. Para nós, é uma questão de sobrevivência e por isso somos muito bons nisto. Os clubes que não forem bons a formar não vão andar na Champions. Aquilo que nos faz resistir num país mais afastado da União Europeia é produzirmos e vendermos jogadores", acrescentou.