Onze dos postos de abastecimento em Beja são dos mais afetados pela falta de combustível, tendo em conta que a capacidade de armazenamento nos depósitos é menor e já há estações com o cartaz "fora de serviço".
As primeiras grandes filas de carros verificaram-se ao final da tarde de terça-feira, quando as notícias davam conta que a greve dos motoristas de matérias perigosas afetaria o reabastecimento das gasolineiras. Formaram-se longas filas sobretudo quando as pessoas saíram dos locais de trabalho e se queriam dirigir para as localidades de residência, em freguesias rurais, e que esta quarta-feira tinham que voltar ao serviço.
No socorro a prestar pelos Bombeiros de Beja, a situação não preocupa, uma vez que a instituição tem um depósito de reserva que permite, em situação normal, o abastecimento durante 10 dias.
A situação na manhã desta quarta-feira é mais calma. As filas são menores e já se ouve dizer que "a situação vai resolver-se rapidamente".
Caso se mantenha o braço de ferro, muitos são os condutores que em Beja não colocam de parte a ida a Espanha, já que Rosal de la Frontera fica a 60 quilómetros e, sendo o combustível mais barato, "compensa a deslocação".
Nos concelhos que se situam na raia, Mértola, Serpa, Moura e Barrancos, há muito que as populações demandam o país vizinho para abastecer as viaturas e a situação será menos problemática.