Receita da contribuição paga pelas plataformas mostra que as viagens caíram para metade no 2.º semestre de 2020.
O negócio dos carros de transporte de passageiros em veículo descaracterizado (TVDE) rendeu mais de 5,2 milhões de euros ao Estado, desde que foi legalizado há três anos. A pandemia provocou uma enorme quebra nas receitas dos operadores. A contribuição ao Estado, paga pelas plataformas eletrónicas, como a Uber ou a Bolt, por cada viagem realizada caiu para metade entre julho e dezembro de 2020, em comparação com o período homólogo de 2019. Este ano, já se nota alguma recuperação, embora ainda fique aquém dos valores arrecadados no passado recente.
Apesar das dificuldades, o número de plataformas licenciadas continua a aumentar, assim como a quantidade de empresas que prestam serviço TVDE e de motoristas. Embora esse crescimento tenha abrandado. Em abril de 2020, contavam-se 24 909 motoristas certificados e, em apenas três meses, tinham-se juntado mais quatro mil condutores ao negócio. Hoje, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes dá conta de um desaceleramento nessa profissão. A 1 de julho deste ano, estavam certificados 30 627 motoristas, ou seja, só mais 5871 passaram a estar ao volante dos carros TVDE em 15 meses.