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Companhia aérea britânica fecha portas e deixa milhares de pessoas em terra

Companhia aérea britânica fecha portas e deixa milhares de pessoas em terra

A companhia aérea britânica Flybe cancelou todos os voos e entrou em processo de insolvência. Em comunicado, a "low-cost", que já foi gerida pela atual diretora-executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, diz que "cessou atividade" e aconselha os clientes a não se dirigirem ao aeroporto.

O fecho da Flybe deixou cerca de 2500 passageiros em terra, este sábado. A "low-cost" britânica, que operava 21 rotas, de aeroportos como Belfast, Birmingham e Heathrow, cancelou voos a um total de cerca de 75 mil passageiros. A Autoridade da Aviação Civil Nacional britânica (CAA, na sigla original) está a oferecer aconselhamento aos afetados, uma vez que a companhia aérea diz que não tem como arranjar voos alternativos aos afetados.

"Flybe cessou atividade e todos os voos de e para o Reino Unido operados pela Flybe foram cancelados e não vão ser remarcados", lê-se num comunicado publicado no site da empresa. "Se estava para voar com a Flybe hoje ou num futuro próximo, por favor não se dirija par o aeroporto, a menos que tenha uma alternativa de voo com outra companhia", acrescenta o comunicado.

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Segundo aquela comunicação, os passageiros que tiveram comprado as viagens através de um serviço intermediário devem dirigir-se à empresa que lhes vendeu os ingressos. A administração da Flybe confirmou o despedimento de 227 dos 321 trabalhadores. Os restantes 44 continuaram ao serviço, confirmou a empresa de auditorias Interpath.

"A prioridade imediata" do governo, diz a BBC, é apoiar os passageiros que estejam a tentar regressar a casa, apesar de quase todos os destinos da Flybe terem alternativas comerciais, assim como os as pessoas que perderam o emprego na "low-cost" britânica, que foi liderada pela atual CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, entre janeiro de 2017 e julho de 2019.

"É sempre triste ver uma companhia aérea entrar em processo de insolvência, e sabemos que a decisão da Flybe de cessar atividade é preocupante para todos os trabalhadores", disse o diretor do apoio ao cliente da CAA, Paul Smith, aconselhando os clientes a visitar o site da Autoridade de Aviação Civil britânica, ou o Twitter, para mais informações.

"O ambiente continua a ser desafiante para as companhias aéreas, recentes ou antigas, à medida que recuperam da pandemia, e entendemos o impacto que esta decisão vai ter nos passageiros e nos trabalhadores da Flybe", acrescentou Paul Smith.

Esta é a segunda vez, em menos de três anos, que a Flybe pousa à força. Em março de 2020, no início da crise pandémica, a companhia anunciou o fecho de atividade, invocando constrangimentos da covid-19. A companhia foi resgatada pela Thyme Opco, uma firma ligada ao fundo de cobertura Cyrus Capital, renomeada de Flybe Limited, e voltou a voar em abril de 2022, operando cerca de 530 voos por semana, em 23 rotas.

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