Os pilotos da TAP reunidos esta tarde em Assembleia resolveram avançar para uma greve de dez dias, a começar no dia 1 de maio.
A paralisação aprovada esta quarta-feira chega no mês limite para a entrega das propostas de compra da empresa. Foi decidida em assembleia, que contou com a participação de cerca de 500 pilotos da TAP, que mandataram a direção do seu sindicato para emitir um pré-aviso de greve dentro de um dia.
De acordo com a proposta aprovada, os pilotos mandataram ainda o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) para "praticar todos os atos e desenvolver todas as atuações que entenda necessárias para manter a unidade dos pilotos da TAP".
No entanto, os pilotos manifestam no documento "a sua disponibilidade para desconvocar a greve no exato momento em que sejam assegurados de forma inequívoca os direitos" que consideram não estar a ser respeitados.
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil convocou as assembleias de pilotos por considerar que as negociações com a TAP e a PGA sobre os acordos de empresa entraram num impasse.
Num comunicado emitido na semana passada, a direção do SPAC informou que "o processo negocial entre o SPAC, a TAP e a PGA, no âmbito do compromisso subsidiário do acordo ratificado com o Governo em 23 de dezembro de 2014 chegou a um impasse insanável, por motivos estritamente imputáveis à TAP, à PGA e ao Governo".
Em causa, estão as pretensões dos pilotos sobre as diuturnidades e sobre a obtenção de 20% do capital da companhia aérea, aquando da sua privatização, que deverá estar concluída até ao final desta legislatura.
O Governo manifestou-se surpreso com a possibilidade dos pilotos porem em causa o acordo estabelecido com o Governo na véspera de Natal, que permitiu desconvocar quatro dias de greve, e recorrer à greve.
Tanto o primeiro-ministro como o secretário de Estado dos Transportes afirmaram que o acordo que foi alcançado está a ser respeitado pelo Governo.
Os candidatos à compra do grupo TAP têm que entregar as propostas vinculativas até às 17 horas de 15 de maio.