Um homem que aguarda ser julgado pelo crime de pornografia de menores voltou a ser detido, nesta segunda-feira, pela Polícia Judiciária (PJ). Desta vez, o operário fabril, de 36 anos e residente nas Caldas da Rainha, é suspeito de ter abusado sexualmente da própria filha, ao longo dos últimos seis anos. A vítima manteve-se em silêncio até setembro último, quando uma mensagem de teor sexual enviada pelo pai, que foi libertado após ser interrogado pelo juiz, a fez ficar em pânico.
Os primeiros abusos ocorreram em 2017, tinha a menina apenas 11 anos. Divorciado da mãe da filha, o operário fabril aproveitou uma das poucas vezes em que teve contacto com a criança para ficar sozinha com esta e concretizar os atos de teor sexual.
A menina não denunciou o crime a nenhum familiar, facto que foi aproveitado pelo progenitor para continuar com os crimes. Apesar dos contactos se manterem esporádicos, o operário fabril é suspeito de usar os poucos momentos de proximidade com a criança para repetir os abusos. Ao longo dos últimos seis anos, a vítima sofreu em silêncio e nunca acusou o pai.
Só em setembro deste ano, quando estava de férias com uma família amiga, é que a rapariga, já com 16 anos, acabou por revelar os abusos que continuava a sofrer. A confissão aconteceu depois de a jovem ter ficado em pânico, com uma mensagem de telemóvel, com conteúdo sexual, enviada pelo pai.
Perante a confissão da jovem, a família amiga denunciou o caso à PJ de Leiria que, após recolher indícios suficientes, avançou para a detenção do suspeito nesta segunda-feira. Levado à presença do juiz de instrução criminal já nesta terça-feira, o operário fabril foi libertado, ficando impedido de contactar a filha.
Detido na posse de pornografia infantil
Esta foi a segunda vez que este homem foi detido e libertado. No ano passado, já tinha sido apanhado pela PJ na posse de fotografias e vídeos com crianças envolvidas em atos sexuais.
O material audiovisual estava armazenado nos computadores e telefone do indivíduo, que foi acusado pelo Ministério Público do crime de pornografia de menores e aguarda, em liberdade, o início do julgamento.