Ricardo Sá Fernandes, o advogado do vice-presidente da câmara de Montalegre, detido no âmbito da Operação Alquimia da Polícia Judiciária, disse, esta sexta-feira à porta do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, que o autarca vai esclarecer as acusações de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem e outros ilícitos associados a adjudicação de contratos públicos de 20 milhões de euros. O presidente da câmara, Orlando Alves e o chefe de Divisão de Obras da autarquia foram detidos na mesma operação.
"Quem eu defendo, que é o vice-presidente, vai com certeza prestar declarações e todos os esclarecimentos, seguramente", disse esta tarde Ricardo Sá Fernandes, à porta do TIC, onde os arguidos devem ser submetidos ao primeiro interrogatório judicial.
O advogado de David Teixeira disse ainda que, muito provavelmente, os interrogatórios não serão concluídos esta sexta-feira. A meio da tarde, os arguidos ainda não tinha chegado ao TIC.
Recorde-se que Orlando Alves, o vice, David Teixeira, assim como o chefe da Divisão de Obras da autarquia foram ontem detidos pela PJ por suspeitas de terem montado um esquema para lucrar à custa de empreitadas do município. Estão indiciados por terem montado um "cartel" com um grupo restrito de empresários a quem distribuíam adjudicações ou concursos das obras públicas, entre 2014 até este ano.