O quinto dia de interrogatório do ex-primeiro-ministro na instrução da Operação Marquês está a decorrer sem que os advogados de defesa e os procuradores tenham acesso aos seus telemóveis.
O objetivo será evitar fugas de informação durante a diligência, que decorre à porta fechada no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, Ivo Rosa solicitou, no início da sessão, que advogados e procuradores entregassem os seus telemóveis e IPAD's. O pedido foi aceite e os seus destinatários entregaram, assim, voluntariamente e por comum acordo os aparelhos. Puderam, ainda assim, continuar a trabalhar nos seus computadores portáteis.
O ato surge depois de, na última terça-feira, o juiz de instrução ter ameaçado apreender os telemóveis dos advogados para evitar, precisamente, fugas de informação durante a sessão, o que acabou por não ser necessário.
Sócrates está acusado no total de 31 crimes de corrupção, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada e tenta, nesta fase, evitar que o processo siga para julgamento.
O antigo governante socialista garante, desde o início, ser inocente.