Sentença

"Mariscador" apanha sete anos por tráfico de "remédio louco"

Teixeira Correia

O arguido (ao centro) está em prisão preventiva

Foto Teixeira Correia/jn

Um homem de 41 anos, residente no Samouco (Montijo), foi recentemente condenado, em cúmulo jurídico, a uma pena de sete anos de prisão, pela venda de comprimidos de yaba, uma droga também conhecida por "remédio louco", muito poderosa e viciante, que é um cocktail de metanfetaminas e cafeína.

O arguido, de nacionalidade tailandesa, também foi condenado na pena acessória de expulsão do território nacional, após a prisão, e de proibição de regressar a Portugal nos sete anos seguintes. Apanhou seis anos por um crime de tráfico, tendo sido também condenado por posse ilegal de arma e condução sem carta.

O indivíduo encontrava-se em Portugal desde 5 de novembro de 2019, com uma autorização de residência que era válida até 30 de junho de 2022, e tinha a profissão de apanhador de amêijoa por conta própria no Estuário do Tejo. Esta profissão seria uma forma de esconder das autoridades a atividade ilícita que desenvolvia em São Teotónio, concelho de Odemira

O arguido foi ali apanhado, em fevereiro de 2021 e em março de 2022, com milhares de comprimidos YABA

Também foram apreendidos ao suspeito, além do estupefaciente, 663 euros em numerário, uma arma branca, duas balanças de precisão, 109 sacos de blister para embalar os comprimidos e outros artigos utilizados no tráfico do estupefaciente, um cachimbo de vidro, doze isqueiros e a viatura em que se fazia transportar.

Ao arguido, que vai continuar em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja, até ao trânsito em julgado do acórdão, vão ser devolvidos alguns bens, entre eles o referido automóvel, que não lhe pertencia.