Trânsito

Radares da Polícia não assinalam detetores e GNR usa o GPS Waze para lançar alertas

Reis Pinto

GNR usa o Waze para lançar alertas de trânsito|

 foto DR

Detetor de radar apreendido pela GNR, em Leiria|

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A GNR apreendeu no IC2, em Leiria, um aparelho detetor de radar que se encontrava instalado num veículo e cujo uso é proibido. A coima vai dos 500 aos 2500 euros. Equipamento estava visível no para-brisas, mas novos aparelhos podem ser escondidos na grelha dos carros. GNR já usa o Waze para lançar alertas

O equipamento foi detetado, na passada terça-feira, durante uma ação de patrulhamento e fiscalização de rotina pelos militares do Destacamento de Trânsito de Leiria. "Foi um controlo absolutamente aleatório. Quando os nossos militares mandaram a viatura imobilizar-se viram um aparelho colocado no para-brisas. Pela sua volumetria perceberam que não era um telemóvel, mas sim um detetor de radar", referiu ao JN, o capitão Ricardo Vieira, Comandante do Destacamento de Trânsito de Leiria.

A utilização deste tipo de aparelhos é proibida na generalidade dos países europeus e funciona recebendo as ondas emitidas pelos radares das autoridades, alertando depois o condutor através de um display luminoso e um alerta sonoro.

Indetetáveis

E, contrariamente à crença generalizada, os radares da GNR ou da PSP não têm capacidade para assinalar estes aparelhos. "Eles são simples recetores e, não emitindo qualquer sinal, só é possível detetá-los visualmente", sublinhou o nosso interlocutor.

Ricardo Vieira, explicou, ainda, que os aparelhos estão cada vez mais sofisticados, recorrendo a uma pequena antena que é dissimulada na grelha do carro e a um display no interior da viatura. "O que torna mais difícil a sua deteção", concluiu.

A utilização destes aparelhos é sancionada com uma coima de 500 a 2 500 euros e, obviamente, com a perda do equipamento.

GNR usa o WAZE

As inúmeras aplicações de GPS que são utilizadas nos telemóveis, como o Google Maps ou o Waze, e que são perfeitamente legais, assinalam os radares fixos mas, através das contribuições dos utilizadores, também podem alertar para os móveis.

"Mas não os detetam. E a Guarda também aproveita este aspeto do Waze [que será um dos melhores e mais utilizados aplicativos de navegação] para lançar alertas. Por exemplo, quando há provas de ciclismo que obrigam a cortes e desvios de trânsito, nós usamos a aplicação", revelou Ricardo Vieira.

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