Cantanhede elogia mãe de Renato Seabra e lamenta pena tão elevada
Quase dois anos depois do crime, Cantanhede recebeu a notícia da condenação de Renato Seabra com tranquilidade, longe da agitação vivida em janeiro de 2011. Os populares evitam abordar a questão, mas os poucos que o fazem lamentam uma pena tão elevada para um jovem.
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"Na altura, foi uma situação que chocou a população, mas entretanto foi-se diluindo com o tempo. As pessoas agora só falam da crise", conta um empregado de um café do centro da cidade, que não se quis identificar. Recorda um "bom rapaz, que tinha boas notas e tudo na vida".
Patrícia, uma cliente daquele café de Cantanhede, revela que o caso só é referido quando sai alguma novidade na comunicação social. "Há um ou outro comentário, nada de mais", conta.
Licínio Santos, reformado, de 61 anos, que vive em Cantanhede, não conheceu Renato mas admite que o jovem errou. "Quem pratica o mal tem de pagar. E um crime daqueles não se faz", entende.
Casa ainda à venda
A casa da família de Renato, no centro de Cantanhede, continua à venda. Ao que o JN conseguiu apurar, o imóvel, um T3, está disponível há quase dois anos com um preço a rondar os 100 mil euros. A irmã e o cunhado de Renato vão lá de vez em quando.
Margarida Maduro, professora que conhece bem a família Seabra, diz que a pena é muito pesada e deixa uma palavra de solidariedade para a mãe, Odília Pereirinha: "É uma mãe-coragem. Estou solidária com ela, e com toda a família". "Continua a ser o meu menino, tenho um carinho especial por ele"