O Tribunal de Matosinhos absolveu, na quarta-feira, um chefe da guarda prisional de Santa Cruz do Bispo, naquele concelho, que estava acusado de abuso de poder.
A acusação do Ministério Público rejeitada pelo tribunal afirmava que o chefe da guarda prisional notou negativamente, em 02 e 08 de agosto de 2016, um dos guardas participantes nas formações cinotécnicas que orientava em "retaliação" por o subordinado ter prestado, em procedimento disciplinar, "depoimento que lhe fora desfavorável".
O procedimento disciplinar reportava-se à conduta do chefe da guarda prisional durante uma operação antidroga que o Grupo Operacional Cinotécnico de Santa Cruz do Bispo realizou na cadeia de Viseu, em 26 de junho de 2016.
Em audiência para produção de prova, o formando disse que passou de "bestial a besta" após o instrutor e chefe de guarda prisional saber que prestara depoimento contra.
Já o arguido recusou ter adotado comportamentos retaliatórios.
Sublinhou ainda que existiram três pareceres quanto às notas do formando em causa, todos convergentes.
"Foram unânimes e eu sou o único arguido", lamentou numa audiência.