Não deixaram margem para dúvidas os dois testes de paternidade que confirmaram que o homem acusado de ter engravidado a filha adotiva não é o pai da menina nascida há cerca de mês e meio.
O empreiteiro, de 50 anos, está preso preventivamente desde 9 de março, em Vila Real, por suspeita de abusos sexuais da menor.
Foram realizados dois testes de ADN por determinação do Ministério Público de Vila Real.
A investigação apontava no sentido de existirem também suspeitas de abusos sobre as filhas adotivas mais velhas, de 15 e 17 anos. Tanto o empreiteiro, como a mulher, uma professora universitária, de 46 anos, negaram os abusos sexuais. A mulher terá confidenciado a amigos que desconhecia a gravidez da menor até ao momento da denúncia anónima que desencadeou a investigação, em janeiro, e alegou que a mesma seria resultado do envolvimento da menina com um jovem, durante uma viagem a Milão, em junho de 2015.
A menor manifestou vontade em ficar com a bebé, que nasceu há mês e meio. A criança continua à guarda do hospital de Vila Real e a menor está a viver numa casa-abrigo que acolhe mães adolescentes.
As duas irmãs mais velhas foram retiradas à família no dia em que o pai foi detido e estão institucionalizadas. Os primeiros sinais da gravidez foram detetados aos cinco meses de gestação, durante uma aula de Educação Física. O Colégio onde as três irmãs estudavam, nunca esclareceu qual o procedimento adotado na altura. O caso só foi reportado à GNR em janeiro, através de uma denúncia anónima.
*com Nelson Morais