Domingos Farinho, professor de Direito suspeito de ter ajudado José Sócrates a escrever uma tese de Ciência Política, quando o ex-primeiro-ministro estudava em Paris, foi acusado pelo Ministério Público de burla qualificada, abuso de poder e falsificação de documentos.
Jane Kirby, advogada e mulher de Domingos Farinho, também foi acusada, mas apenas por falsificação de documentos, revela o jornal "Observador". Em causa neste processo estão pagamentos a Farinho no valor de 53.900 euros, que terão sido feitos, pela elaboração da tese de doutoramento de José Sócrates, entre janeiro e novembro de 2014. O documento nunca foi entregue, porque o antigo primeiro-ministro foi detido, no âmbito da Operação Marquês.
Domingos Farinho estava impedido de receber este pagamento, depois de o primeiro pagamento relativo ao mestrado ter sido feito sem qualquer problema, porque o jurista ia assinar um contrato de exclusividade com a Faculdade de Direito de Lisboa, o que impedia. Segundo a acusação, foi assinado um contrato com uma empresa de serviços jurídicos, mas apenas com a intenção de contornar esta questão laboral.