Um SMS alegadamente enviado por Luís Giovani a uma amiga, na madrugada em que o jovem cabo-verdiano terá sido agredido numa rua de Bragança, é o novo argumento que o advogado da família do estudante do Instituto Politécnico local quer que seja adicionado aos autos.
Isso mesmo solicitou através de um requerimento na sessão desta quarta-feira do julgamento, que decorre em Bragança. Sete homens estão acusados de um crime de homicídio qualificado e de três crimes de ofensas à integridade física qualificada.
Segundo o advogado, Paulo Abreu, às 3.30 horas da madrugada de 21 de dezembro de 2019, Giovani terá enviado uma mensagem à amiga, que vive em Boston, nos Estados Unidos da América, onde dizia: "brigamos, já me deram uma pancada na cabeça".
A mensagem foi conhecida apenas há algumas semanas depois de a jovem ter contactado o pai do estudante.
Giovani morreu no hospital, 10 dias após ter estado envolvido em agressões, onde estavam presentes várias pessoas. O Tribunal tem 10 dias para decidir sobre essa solicitação.
Os juízes recusaram ainda um requerimento da defesa de um dos arguidos, onde era solicitada a acareação entre a testemunha, Rogério Mota, com quem a briga entre portugueses e cabo-verdianos começou e um dos ofendidos face às contradições dos testemunhos.
A maioria das testemunhas de acusação já foi arrolada e na próxima semana o julgamento deverá prosseguir com a audição das várias dezenas de testemunhas de defesa dos arguidos.