Um guarda prisional está acusado de introduzir droga na cadeia de Custóias, em Matosinhos, onde tinha funções de chefia. Com 52 anos, Ângelo M. combinou, segundo o Ministério Público (MP), um esquema criminoso com um dos reclusos que dominavam o tráfico na prisão e foi apanhado, quase em flagrante, a entregar placas de haxixe a um preso.
Apesar de as contas bancárias do guarda mostrarem movimentos de mais de cem mil euros no período sob investigação, as provas recolhidas só permitiram acusá-lo de um crime e não foram suficientes para descobrir quem lhe entregava a droga e o dinheiro, nem como o fazia.
Ângelo M., refere a acusação, delineou um plano com um recluso da cadeia de Custóias para fazer com que quantidades consideráveis de droga entrassem naquele estabelecimento prisional. No âmbito desse acordo, o guarda prisional fazia o haxixe passar pelo sistema de segurança e controlo da cadeia, enquanto o preso, Rui M., assumia a venda da droga dentro da cadeia, diretamente ou através de outros reclusos recrutados para o efeito.