Um dos guardas prisionais detidos, em novembro, por suspeitas de integrar uma rede que introduzia droga e telemóveis na cadeia de Paços de Ferreira, pediu ao tribunal para deixar de estar em liberdade e ser colocado em prisão domiciliária.
O juiz aceitou a alteração da medida de coação e terminou também com a suspensão do exercício da função de guarda prisional a que o arguido estava sujeito. Esta decisão permitiu que Rogério Machado voltasse a auferir o ordenado-base, o que, de acordo com informação recolhida pelo JN, é admitido no despacho judicial.
Rogério Machado foi detido no âmbito da operação Entre-Grade, levada a cabo pela Polícia Judiciária do Porto para desmantelar um esquema que terá permitido, durante anos, a entrada de produtos ilegais na cadeia de Paços de Ferreira. Droga, anabolizantes e telemóveis eram, segundo o Ministério Público, bens introduzidos por cinco guardas naquele estabelecimento prisional e entregues aos reclusos a troco de avultadas quantias de dinheiro.