Morte de fundador do BPP não trava investigação sobre branqueamento, falsificação, descaminho e desobediência, visando a mulher e ex-motorista.
A morte de João Rendeiro na cadeia de Westville, na África do Sul, não vai travar a investigação da Polícia Judiciária (PJ) que visa recuperar todo o património que o ex-banqueiro tentou esconder ou desviar da Justiça. São os imóveis que passaram para a esfera da família do ex-motorista do casal Rendeiro, contas em bancos portugueses, mas essencialmente ativos financeiros espalhados por offshores. A investigação já detetou diversas contas em paraísos fiscais, tituladas pelo ex-patrão do BPP.
A investigação, chamada "D"arte asas", aberta em meados de outubro pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), já está numa fase muito adiantada. O inquérito começou depois de ter sido tornado público o alegado esquema de branqueamento e descaminho de obras de arte, envolvendo Maria de Jesus e João Rendeiro, o ex-motorista Florêncio de Almeida e o seu pai, mas rapidamente tentou ir atrás dos milhões que o ex-banqueiro poderia ter escondido no estrangeiro.