Corpo de segurança pessoal do presidente da República também não recebeu informações sobre investigação a Yasser Ameen. Caso desvalorizado.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não tinha conhecimento que iria estar na presença de um suspeito de terrorismo, quando, em 2018, foi almoçar ao restaurante Mezze, em Arroios. E revelou que também o seu corpo de segurança pessoal não foi informado de que o iraquiano Yasser Ameen, que trabalhava no espaço de restauração, estava a ser investigado pela Polícia Judiciária, por pertencer ao Estado Islâmico. "Não, não havia informação", garantiu o chefe do Estado, na terça-feira.
À margem da apresentação de um evento cultural, Marcelo Rebelo de Sousa optou, no entanto, por desvalorizar o episódio, revelando que "antes desse almoço houve uma reunião preparatória" e que "não havia nenhuma contraindicação de segurança". "Isso é um problema de matéria classificada", disse ainda, antes de referir que a ausência de comunicação poderia fazer parte "da estratégia de fiscalização, [para] dar espaço e liberdade a quem pode ser uma pista para se encontrar outras estruturas".