José Luís Carneiro

Ministro diz que combate policial ao tráfico de droga no Porto não tem tido "tréguas"

Ministro diz que combate policial ao tráfico de droga no Porto não tem tido "tréguas"

O ministro da Administração Interna disse, esta sexta-feira, que o combate policial ao tráfico de droga no Porto tem sido feito "sem tréguas", mas lembrou que as questões da toxicodependência exigem "respostas mais estruturadas e integradas".

Aludindo às zonas da Pasteleira e de Pinheiro Torres, no Porto, José Luís Carneiro, indicou que em 2022 "foram realizadas cerca de 2.000 ações de patrulha e ações preventivas de investigação criminal por parte da PSP" e foram efetuadas "400 detenções".

À chegada a uma reunião da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, em Évora, o ministro foi questionado pelos jornalistas por o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, o ter instado a assumir "competências" para resolver o problema do consumo e tráfico de estupefacientes na cidade, e a "não esconder debaixo do tapete" esta matéria.

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José Luís Carneiro respondeu que "em tudo o que é tráfico [de droga], o combate tem que ser feito sem tréguas e esse é o combate que tem vindo a ser feito" no Porto, quer pela PSP, quer pela Polícia Judiciária (PJ).

"Aquilo que é da dimensão policial tem vindo a ser assumido na plenitude", afiançou, manifestando a sua confiança nas forças de segurança e na PJ.

Mas "as questões da toxicodependência exigem respostas mais estruturadas, de médio e longo prazo", alertou, lembrando que foi por isso que em 2016 foi estabelecido o Contrato Local de Segurança (CLS) com a Câmara do Porto.

"Esse CLS incidia nomeadamente sobre aquela zona da cidade. É preciso compreender porque é que esse contrato de local de segurança deixou de ter eficácia", afirmou José Luís Carneiro.

O ministro disse também já ter transmitido a Rui Moreira "e a outros autarcas" a disponibilidade do Governo para "relançar os CLS que foram constituídos em 2016 e que, por algum motivo, deixaram de estar ativos".

As respostas nesta área da toxicodependência requerem o envolvimento de serviços de diversas áreas e em diferentes esferas de atuação, defendeu.

"Exigem, desde logo, respostas em termos de cuidados de saúde pública, ao nível da segurança social, medidas relativas ao combate à pobreza, questões relacionadas com a habitação, com os transportes, com a mobilidade, verdadeiramente, com todas as dimensões que têm que ver com a inclusão e com a criação de condições locais para a realização plena de adolescentes, jovens e famílias que, desde há muito tempo têm as suas vidas tomadas pelo consumo e pelo tráfico de droga", disse.

E, no Porto, "os toxicodependentes que estão hoje naquela zona da cidade, outrora estavam no Bairro do Aleixo".

"O Bairro do Aleixo foi demolido e os problemas não desaparecem. Como se vê, o problema reaparece noutros pontos da cidade", argumentou.

Em Évora, José Luís Carneiro reuniu-se com autarcas do Alentejo para debater a prevenção dos incêndios rurais e apresentar os fundos europeus disponíveis em matéria de Proteção Civil.

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